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As grandes marcas estão mudando a estratégia de comunicar as campanhas de incentivo

Por: Nani Gordon

Nani Gordon é cofundadora e vice-presidente da Cashin, ecossistema de incentivos de vendas e pagamentos corporativos. A startup fica dentro do Cubo Itaú, maior centro de empreendedorismo tecnológico da América Latina.

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Há mais de dez anos, as empresas enfrentam o mesmo desafio: como engajar seus colaboradores e parceiros comerciais e mantê-los comprometidos com as metas? As mais atentas já estão entendendo que é preciso buscar meios mais assertivos de interação, sem esperar que as pessoas vão até um site, app ou dashboard para ter acesso às informações que precisam.

Smartphone exibindo tela inicial do WhatsApp segurado por uma mão, com notebook desfocado ao fundo.
Imagem gerada por IA.

Nesse contexto, o interfaceless é uma tendência em plena ascensão: soluções digitais que não dependem de uma interface própria para entregar valor ao usuário. Nesse cenário, nasce um movimento de negócios mirando no desenvolvimento de produtos que operam via WhatsApp. E isso não vale apenas para consumidores, mas também para equipes, parceiros e clientes B2B.

Por que o WhatsApp se torna canal central

Quando o assunto são campanhas de incentivo – voltadas para vendedores, promotores e representantes, para dar alguns exemplos -, essa mudança que simplifica a experiência pode garantir um salto de mais de 90% no engajamento às metas de vendas estabelecidas. Afinal, se o WhatsApp está presente na maioria dos smartphones brasileiros, é lá que as empresas também devem estar.

Se ele ocupa um espaço cada vez mais estratégico no dia a dia dos times, é lá que as campanhas com foco em produtividade e vendas também devem acontecer. É por lá que o participante deve receber as informações, e não em multicanais que confundem ou desinteressam.

O que significa ser “interfaceless”

Um bom exemplo é o Magie, um banco novo que segue o princípio “WhatsApp-first”. Ele mostra que essa tendência é aplicável até mesmo nos setores vistos como mais “burocráticos”. Enquanto, no geral, ainda ficamos muito presos ao uso de vários aplicativos, cada um para uma função, o Magie mostra que, em uma rápida troca de mensagens, é possível realizar operações financeiras de forma segura.

Ser interfaceless é promover uma experiência que acontece de forma quase invisível, automatizada ou natural, geralmente por meio de voz, texto, sensores, contexto ou inteligência artificial.

É parte da evolução da UX (user experience) e da automação cognitiva. Ela busca reduzir o atrito na jornada do usuário – menos cliques, menos telas, mais naturalidade.

Como adotar essa abordagem no engajamento de equipes e vendas

Empresas de diversos segmentos estão explorando esse conceito para tornar interações mais fluídas e intuitivas, integrar IA de forma discreta ao dia a dia, além de criar canais de relacionamento e venda fora das interfaces tradicionais.

Em uma era em que o Copilot lê e resume e-mails, o GPT responde o que você quiser, por que não levar toda essa simplicidade e inteligência – artificial ou sistêmica – para os prêmios de incentivo e pagamentos corporativos?

Sair da caixa, usar muita tecnologia a favor e estar onde as pessoas estão para engajá-las é o tripé estratégico que precisa permear a tomada de decisão.

Tudo isso tem que estar conectado para o sucesso da campanha. Chega de hotsite, chega das velhas formas de comunicação – não faz mais sentido para a era tecnológica em que vivemos.