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16.867 cliques com uma ativação de stories - por que o influenciador é a nova loja virtual do e-commerce?

Por: Igor Beltrão

Igor Beltrão é cofundador e diretor artístico da Viraliza, empresa com 9 anos de mercado, responsável pelo gerenciamento de grandes nomes como Alvaxro, Leuriscleia, Lucas Guedez e Gabô Pantaleão. A Viraliza foi indicada ao prêmio Top 10 iBest como uma das principais agências de influenciadores do país.

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Em um mercado de e-commerce cada vez mais competitivo, o grande desafio para lojistas e empreendedores não é apenas aparecer, mas ser visto com credibilidade. O consumidor de hoje não busca um produto, mas uma solução, uma experiência e, acima de tudo, uma recomendação de confiança. A prova disso está em resultados como os alcançados por uma campanha de marketing de influência recente: em apenas uma ativação de stories, foram geradas 16.867 cliques para uma marca.

Mulher grava vídeo com smartphone em um tripé, segurando uma caneca em uma cozinha.
Imagem: Freepik.

É aqui que o marketing de influência entra em jogo. Durante anos, a vitrine de uma loja virtual era a própria loja: fotos de produtos, descrições detalhadas e, na melhor das hipóteses, um selo de segurança. Tais recursos são essenciais, mas não têm a capacidade de gerar a conexão humana que impulsiona a decisão de compra. Esse modelo, embora funcional, hoje é insuficiente para competir com o principal ativo da economia digital: a prova social.

Influenciadores como a nova vitrine do e-commerce

Influenciadores digitais não são apenas canais de mídia. Eles são, na verdade, a nova vitrine do e-commerce. Dinâmica, viva e, acima de tudo, confiável. Segundo a pesquisa realizada pela EY-Parthenon, Future Consumer Index, que ouviu 23 mil pessoas em 30 países, 78% dos entrevistados brasileiros consideraram confiáveis as recomendações de produtos (contra 74% globalmente), 61% moldam suas decisões de compra pelos influencers e 73% já adquiriram produtos com base em recomendações ou promoções feitas por eles. Em outra pesquisa, essa realizada pela agência MARCO em 14 países, o Brasil está entre os líderes globais do engajamento comercial via influencers e confirmou a porcentagem: 73% dos consumidores brasileiros já consumiram algo por influência de produtores de conteúdos digitais.

Quando um influenciador, como Alvaro Xaro, mostra um produto ou serviço, ele não está apenas exibindo-o para milhões de pessoas. Ele está endossando-o com sua própria reputação. Essa ação constrói uma ponte de confiança entre a marca e a audiência, algo que um banner ou um anúncio em rede de pesquisa dificilmente conseguem replicar. O poder do influenciador está em sua capacidade de criar prova social em tempo real.

Conteúdo autêntico e impacto direto em resultados

Uma campanha recente de uma grande plataforma de crédito e negociação de dívidas demonstrou o poder do engajamento genuíno. Com 16,4 milhões de seguidores no Instagram, o influenciador Alvaro gerou um total de 16.867 cliques para a marca com apenas uma ativação (através de stories), que alcançaram 1,2 milhão de pessoas. Esses números atestam que a prova social do influenciador é capaz de traduzir o alcance massivo em resultados reais.

Um unboxing sincero, um tutorial de uso ou um story mostrando o dia a dia com o produto são mais convincentes do que qualquer texto. Uma validação que se traduz diretamente em cliques, conversão e vendas e que ainda permite que as marcas tenham a chance de, em casos de lives e experiências personalizadas, ter a clareza de quem é seu público.

Narrativas que transformam seguidores em clientes fiéis

Também para o e-commerce a mudança de paradigma já é patente. Não se trata mais de comprar um espaço para exibir a marca, mas de investir em uma parceria que constrói uma narrativa. O influenciador se torna o vendedor, o consultor e o embaixador que sua loja virtual nunca poderia ter. No mercado de agências de influencers, entendemos que o marketing de influência é uma ciência. Por isso, a abordagem deve ir além do agenciamento. É preciso atuar como gestor de carreira e parceiro estratégico para garantir que a autenticidade dos talentos seja utilizada para gerar resultados reais e mensuráveis para as marcas.

Uma dica valiosa e ainda pouco explorada é ir além do produto e gerar narrativas. Em vez de pedir que o influenciador apenas mostre o item, a marca deve incentivá-lo a incorporar o produto em sua rotina ou em uma história. O objetivo é vender o estilo de vida que o produto proporciona. A audiência não compra um cosmético, compra a pele perfeita e a certeza de que está cuidando de si da melhor forma. Não compra apenas uma roupa, compra a autoestima que ela traz. Essa abordagem cria uma conexão emocional mais profunda, transformando seguidores em clientes fiéis.