O YouTube está testando uma maneira de fazer com que as pessoas possam comprar produtos apresentados nos vídeos diretamente pela plataforma. O recurso em si não é novo – o Instagram já faz isso, por exemplo – e é uma evolução de uma outra ferramenta do site, testada em abril, que mostrava detalhes dos produtos na tela.
“Espectadores verão uma lista dos produtos apresentados clicando no ícone da sacola de compras no canto inferior esquerdo do vídeo. A partir daí, poderão explorar a página de cada produto para ver mais informações, vídeos relacionados e opções de compra”, explica o YouTube.
A novidade, por enquanto, está restrita a um número limitado de criadores dos Estados Unidos. Em outubro, um porta-voz do YouTube disse ao site Bloomberg que a plataforma estava testando uma nova integração com a Shopify para vendas. Não está claro como o site geraria receita a partir da ferramenta, mas, nas assinaturas de membros dos canais, o YouTube leva uma comissão de 30%.
Youtube e e-commerce
De maneira geral, o Google tem tido pouco sucesso no e-commerce. A empresa tem preferido focar em venda de anúncios que direcionam as pessoas a outras lojas digitais, em vez de vender os produtos ela mesma. Porém, a pandemia de Covid-19 afetou os orçamentos de marketing das empresas, principalmente nos setores de viagens e varejo físico, que são os principais anunciantes do Google.
Por outro lado, o comércio eletrônico vem crescendo na medida em que as pessoas ficam mais tempo em casa, comprando mais produtos online. Uma pesquisa da RBC Capital com profissionais de marketing revelou o “comércio social” como uma área importante para companhias como Facebook e o Pinterest.
Há meses, os executivos do Google sinalizam que o YouTube será fundamental para sua estratégia de comércio eletrônico. O CEO da empresa, Sundar Pichai, já sugeriu que vídeos de unboxing — quando alguém abre as embalagens dos produtos — poderiam ser transformado em ótimas oportunidade de compra. Outras categorias populares, como tutoriais de maquiagem e culinária também serviriam como vitrine para os produtos.
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Fonte: Olhar Digital