O primeiro semestre chegou ao fim e o varejo brasileiro apresenta estabilidade. É essa a análise do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, estudo da empresa de pagamentos realizado em conjunto com o Instituo Propague. Em vendas, os primeiros seis meses de 2023 apresentaram queda de 3,4% ante igual período no ano passado.
De acordo com o levantamento, que está em sua sexta edição, os dados mais gerais, mesmo com a retração registrada no período e em junho (4,3%), confirmam o momento de estabilização do setor. Isso porque, no comparativo mensal com ajuste sazonal, a retração foi de 0,1%.
Na análise específica de sete segmentos do varejo brasileiro, a Stone detectou queda no volume de vendas em todos. A ordem, do que sofreu mais ao que sentiu menos os números, fica:
Hipermercados e supermercados (14,5%)
Tecidos, vestuários e calçados (3,9%)
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,4%)
Material de construção (2,2%)
Móveis e eletrodomésticos (1,9%)
Artigos farmacêuticos (1,8%)
Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%)
Já em termos regionais, cinco estados registraram alta no volume de vendas no primeiro semestre:
– Rondônia (9,8%)
– Santa Catarina (4,9%)
– Acre (2,8%)
– Espírito Santo (1,2%)
– Mato Grosso do Sul (0,8%)
Enquanto isso, as maiores quedas vieram de todas as regiões do país:
– Ceará (11,4%)
– Goiás (9,5%)
– Tocantins (8,2%)
– Roraima (7,2%)
– Rio Grande do Norte (6,9%)
– Mato Grosso (4,3%)
– Rio de Janeiro (3,1%)
– Rio Grande do Sul (3,0%)
Boa expectativa para 2023
De acordo com Matheus Calvelli, pesquisador econômico, cientista de dados da Stone e responsável pela pesquisa, junho apresentou motivos para acreditar em um momento mais estável do varejo no restante do ano. Os resultados piores também eram esperados e não preocupam o cenário a longo prazo.
“É importante ressaltar que o último mês do semestre mostrou sinais significativos de estabilização, o que melhora as perspectivas para o restante do ano. Especialmente quando se considera o quão adaptável e resistente o comércio varejista tem se mostrado ao longo do ano”, explica o especialista.