Logo E-Commerce Brasil

Usuários querem utilizar smartphone como carteira móvel

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Conclusão é de um estudo publicado anualmente pelo ConsumerLab da Ericsson

Ter mais acesso a aplicações de Internt das Coisas (IoT) é uma das principais demandas de consumidores de aparelhos móveis. Segundo a última edição do relatório “10 tendências de consumo”, publicado anualmente pelo ConsumerLab da Ericsson, os consumidores querem que tecnologia e conectividade estejam ainda mais integradas a todas as áreas de suas vidas.

Realizado há quatro anos, o estudo tem como foco os usuários de smartphones de 15 a 69 anos, em diversas cidades mundo – São Paulo, Johanesburgo, Londres, Cidade do México, Nova Iorque, Moscou, São Francisco, Xangai, Sydney e Tóquio. A última versão do relatório apresenta os pontos de vista de 85 milhões de usuários frequentes de internet, estatisticamente.

“É surpreendente como os smartphones têm se tornado cada vez mais parte da sociedade tradicional. Enquanto nós, os consumidores, experimentamos novos aplicativos e utilizamos aqueles que achamos que melhoram, enriquecem ou até mesmo prolongam nossas vidas, nem percebemos que nossas atitudes e comportamentos estão mudando também”, disse Julia Casagrande especialista do ConsumerLab da Ericsson na América Latina.

O relatório apontou as 10 tendências de consumo para 2015 e, segundo ele, a globalização dos padrões de uso de mídia é irreversível. Usuários estão mudando para serviços fáceis de usar, como o sob demanda, que permitem acesso ao conteúdo em vídeo em diversas plataformas. O estudo deixa claro que, em 2015, mais pessoas assistirão semanalmente a vídeos transmitidos sob demanda do que pela TV tradicional.

Os consumidores estão cada vez mais interessados em ter sensores em casa que alertem para questões relacionadas à água e à eletricidade ou até alertas sobre a chegada e a saída de membros da família. Eles também estão entusiasmados quando o assunto é compartilhar pensamentos. Muitos dos entrevistados gostariam de usar um dispositivo vestível para se comunicar com outras pessoas pelo pensamento.

Quanto ao conceito de cidades inteligentes, os autores do estudo dizem que boa parte dessa inteligência pode, na verdade, surgir como um efeito colateral da mudança do comportamento diário dos cidadãos. A pesquisa apontou que, à medida que a internet facilita o acesso à informação, os cidadãos podem tomar decisões com mais qualidade. Consumidores acreditam que mapas de volume de tráfego, aplicativos de comparação de uso de energia e verificadores de qualidade da água em tempo real serão comuns em 2020.

O levantamento também comprovou que, conforme a internet vai permitindo a troca de informações com eficiência e facilidade, aumenta a possibilidade de uma economia compartilhada. Cerca de 50% dos donos de smartphones estão abertos à ideia de alugar seus quartos vagos, seus aparelhos domésticos e seus equipamentos de lazer por ser conveniente e mais econômico.

Com relação ao uso de celular como carteira digital, 48% dos proprietários de smartphone preferem usar o aparelho para pagar por produtos e serviços. E, para 80%, é provável que o smartphone substitua as bolsas em 2020. Embora seja bom compartilhar informações quando há um benefício, os entrevistados não veem sentido em tornar todas suas ações públicas para qualquer pessoa.

Para 47% dos donos de smartphones, seria mais conveniente fazer pagamentos eletronicamente, mas sem a transferência automática de informações pessoais. A maioria (56%) dos donos de smartphones gostaria que toda a comunicação via internet fosse criptografada.

Donos de smartphones veem os serviços na nuvem, de vários tipos, como potencial para aumentar a qualidade de vida. Eles acreditam que aplicativos de corrida, medidores de pulso e pratos que pesam nossa comida ajudariam a prolongar suas vidas em até dois anos, por aplicativo.

Além disso, o estudo mostrou que consumidores estão aceitando a ideia de terem robôs domésticos, que poderiam ajudar nas tarefas diárias. Para 64%, isso será cotidiano em 2020. As crianças vão continuar a conduzir a demanda por uma internet mais acessível, na qual o mundo físico é tão conectado quanto as telas dos seus dispositivos. De acordo com a pesquisa, 46% dos donos de smartphones dizem que crianças vão esperar que todos os objetos sejam conectados quando forem mais velhas.

Com informações de Convergência Digital