A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a fusão entre Petz e Cobasi, duas das principais varejistas de produtos e serviços para animais de estimação no país. A decisão foi publicada na segunda-feira (2) no site oficial do órgão regulador.

A aprovação se tornará definitiva em 15 dias, caso não haja recursos de terceiros ou manifestação do Tribunal do Cade. A medida abre caminho para a criação de uma das maiores empresas do setor pet no Brasil.
Antes da decisão, a Superintendência-Geral do Cade havia encomendado um relatório que apontava potenciais riscos concorrenciais, especialmente no varejo físico. A Petlove, terceira maior companhia do país do setor e concorrente direta das empresas, também questionou a operação ao intervir como terceira interessada, alegando que a fusão teria “racional anticompetitivo” e provocaria “efeitos deletérios à concorrência no mercado pet brasileiro”.
Diante disso, caso a empresa decida recorrer à decisão, deverá apresentar uma análise do caso pelo Tribunal do Cade em até 15 dias corridos, contados a partir da última segunda-feira (2).
No entanto, a avaliação final do Cade concluiu que a operação não representaria ameaça à concorrência. O parecer destacou a presença de diversos agentes especializados atuando em formatos variados, além da concorrência exercida por redes de varejo alimentar e agrolojas sobre parte dos produtos comercializados por Petz e Cobasi.
O Cade também ressaltou que o varejo físico pet apresenta barreiras de entrada baixas, está em expansão e deve manter essa tendência nos próximos anos. No segmento online, o mercado é ainda mais competitivo, com atuação de players com plataformas próprias e marketplaces, o que, segundo o órgão, assegura rivalidade suficiente para conter eventuais efeitos da união.
O acordo entre Petz e Cobasi foi anunciado em agosto de 2023. A operação prevê que a Petz se torne uma subsidiária integral da Cobasi. Os acionistas da Petz ficarão com 52,6% da empresa combinada.
A nova companhia terá receita bruta estimada em R$ 7 bilhões, 11% de participação de mercado, 494 lojas espalhadas por mais de 140 cidades e 20 marcas próprias de produtos.
* Com informações da Forbes.