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Trump diz que vai adiar para julho tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia

Por: Alice Lopes

Estagiária da Redação E-Commerce Brasil

Estudante de jornalismo e estagiária de redação no Ecommerce Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (26) que vai adiar para julho a entrada em vigor da tarifa de 50% sobre todos os produtos importados da União Europeia (UE). A medida, inicialmente prevista para começar em 1º de junho, foi postergada após um pedido direto da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Donald Trump
(Imagem: reprodução/Daniel Torok/White House)

O anúncio ocorre dois dias depois de Trump declarar que os EUA imporiam a nova tarifa como retaliação às práticas comerciais adotadas pelo bloco europeu, consideradas por ele como “desleais”.

Retaliação comercial mira práticas da UE e reacende tensão transatlântica

Segundo o presidente, a decisão tem como objetivo responder a barreiras comerciais, impostos e processos legais que, em sua visão, prejudicam empresas norte-americanas. “A União Europeia foi formada com o principal propósito de tirar vantagem dos Estados Unidos no comércio, e tem sido muito difícil de lidar”, afirmou Trump. Ele também citou como problemas as “barreiras comerciais poderosas”, o imposto sobre valor agregado, penalidades corporativas “ridículas” e supostas manipulações monetárias por parte dos países do bloco.

De acordo com Trump, essas ações contribuíram para um déficit comercial anual superior a US$ 250 bilhões com a UE, um número que classificou como “totalmente inaceitável”.

Embora o adiamento da medida represente um alívio momentâneo para as exportações europeias, o governo norte-americano não sinalizou mudanças de posição em relação ao conteúdo da nova tarifa. Trump reforçou que o tributo incidirá apenas sobre produtos fabricados fora dos Estados Unidos, excluindo da medida empresas europeias que produzem localmente em território americano.

A imposição de tarifas sobre produtos da UE pode impactar diretamente setores como moda, automóveis, alimentos e tecnologia, com repercussões relevantes também no comércio eletrônico transatlântico. A decisão reacende tensões comerciais entre os dois blocos e será acompanhada de perto por varejistas e plataformas que operam globalmente.