A PSafe, empresa de segurança da informação, diz que o usuário tem muito receio de fazer compras via mobile. Segundo ela, um equívoco básico é acreditar que é mais seguro utilizar o computador para acessar sites de e-commerce do que fazer essa operação pelo celular.
Marco DeMello, CEO da PSafe, acredita que boa parte desse receio vem do fato de que o uso mobile no Brasil ainda é muito recente. “A democratização da internet se deu por meio do celular. Com isso, muitas pessoas tiveram o primeiro contato com o mundo virtual por meio do celular e ainda há um certo desconhecimento do que é seguro ou não”, diz o executivo.
Ele acrescenta que as regras que valiam para a web valem também para o mundo mobile, ou seja, celulares e tablets são seguros para realizar qualquer transação desde que o usuário tenha um antivírus instalado no seu celular.
Recente estudo da Euromonitor, em parceria com a PayPal, mostrou que a participação mobile no e-commerce vem crescendo mundialmente e que em 2020 o mercado mobile deverá ser responsável por 10% do e-commerce.
“Isso significa que ainda há um amplo espaço para o crescimento desse segmento e é preciso desmitificar o uso do celular para compras. As pessoas passam muito mais tempo com seus celulares do que em computadores. É preciso mostrar que elas podem confiar nos dispositivos móveis para realizar transações com segurança”, completa DeMello.
Mas o que fazer para não se preocupar em fazer compras pelo celular? A PSafe afirma que os cuidados são basicamente os mesmos de quem usa o computador:
1. Defenda-se com um cérebro eletrônico
Um cérebro biológico não tem capacidade para se defender de ataques de um cérebro eletrônico. Por mais que você pense ter conhecimento e esteja atento, os ataques são muitos e estão cada vez mais sofisticados. Portanto, proteja-se: instale um antivírus no seu celular.
2. Como saber se o site de compras é confiável?
Uma das principais preocupações de quem compra online é saber se o site é confiável. Em primeiro lugar, é muito importante procurar referências de quem já comprou no site: amigos, parentes, conferir os sites não recomendados pelo Procon e checar as análises em sites de críticas, como o Reclame Aqui. Outra boa maneira de se certificar que a compra é segura é utilizando os aplicativos dos sites, registrados nas lojas oficiais de apps (Google Play, App Store, etc). Vale, também, tomar cuidado com páginas falsas, muito comuns em épocas de importantes datas para o varejo, com Black Friday, Natal, etc. Desconfie das promoções muito vantajosas que chegam por e-mail ou SMS.
3. É mais seguro pagar em boleto que no cartão de crédito?
Não necessariamente. O fato do site gerar um boleto para pagamento não significa que ele é confiável. Pessoas físicas também geram boletos e, em muitos casos, podem usar essa “ingenuidade” do usuário para passar uma falsa sensação de segurança. A diferença é que, ao usar o cartão de crédito, se o site não for confiável, ele pode utilizar seus dados para fazer outras compras. Independente do meio de pagamento, a credibilidade do site ou do app são muito importantes para evitar que o cliente seja lesado.
4. Os dados do comprador ficarão seguros no site?
É fundamental que o consumidor leia e esteja de acordo com a política de privacidade do site para realizar uma compra com segurança. Também é importante verificar se o endereço do site inicia com “https”, pois a sigla garante a proteção da privacidade e integridade dos dados trocados. Além disso, evitar transações em computadores públicos diminui a chance de roubo de dados.
Fonte: BitMag