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Carne a Tupperware: produtos inusitados ganham vida nova com assinaturas online

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

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Não há dúvidas que o comércio pela internet está consolidado no Brasil. Ao contrário das projeções pessimistas do varejo físico, o e-commerce nacional espera crescer 18% em 2016 e faturar 56,8 milhões de reais, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Produtos como livros, eletroeletrônicos, cosméticos e roupas já figuram há muito tempo na lista de compras virtual do consumidor brasileiro. Por outro lado, o crescimento do setor tem impulsionado a criação de lojas e marcas cada vez mais especializados. A aposta é atender os aficionados por um assunto específico. Online, lojas de nicho têm o benefício de poder atender o público que vive em diferentes cidades e até países – possibilidade que uma loja física nem sempre tem. Esse é o caso de diversos clubes de assinatura. Como o modelo de negócios é baseado justamente na curadoria especializada para a escolha de produtos específicos, aliada à conveniência de entregar todo mês o produto na casa do cliente, assinaturas são ideais para o lançamento de marcas que decidem se aproximar de uma parcela determinada de público. Hoje, já é possível encontrar clubes como a Sociedade da Carne, que envia para seus membros peças de frigoríficos renomados congeladas e embaladas em um caixa de isopor. O Clube Refri seleciona bebidas regionais de todos os estados do Brasil para satisfazer os entusiastas de refrigerantes. Pimentas, erva mate, meias, produtos de CrossFit ou destinados apenas a noivas. Há até um negócio dedicado aos fãs da Tupperware, marca de produtos de plástico para a cozinha. “Dá para vender praticamente tudo pela internet”, afirma Maurício Salvador, presidente da ABComm. “Quanto mais especializado e exclusivo, maior a será a rentabilidade. Quanto maior a variedade de marcas e fornecedores de determinada categoria, maiores as chances também, porque o consumidor muitas vezes usa os clubes para experimentar diferentes marcas e modelos”, completa. Para Salvador, existe apenas uma ressalva. “O empreendedor deve conhecer bem o mercado no qual vai atuar. Se vai vender assinaturas de rações, deve entender de animais, se vai vender cosméticos, deve entender de maquiagem, e assim por diante”, aponta. Outra característica dos clubes de assinatura que beneficia os negócios voltados para nichos é que a empresa pode se adequar com mais facilidade à variação de público. Como os clientes pagam uma quantia fixa antes de receber a caixa do mês, o fluxo de caixa é mais estável. Além disso, o número de clientes é conhecido de antemão, tornando possível programar com mais facilidade o estoque necessário. Fonte: Abril