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Bancos digitais e fintechs miram produtos para ganhar dinheiro com Pix

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A um mês do início da operação do Pix, novo sistema de pagamentos que permitirá transações em menos de dez segundos em qualquer dia da semana ou horário, os bancos digitais e as fintechs têm se preparado para ganhar dinheiro com produtos específicos para empresas, uma vez que não poderá ser cobrado nenhuma para pessoas físicas ou microempreendedores individuais, segundo decisão do Banco Central.

A principal fonte de receita tende a ser a terceirização do Pix. Um banco, por exemplo, que está habilitado pelo BC a trabalhar com o novo meio de pagamento, pode vender a tecnologia a uma empresa do varejo que quer oferecer a seus clientes a possibilidade de ter uma conta digital que faça transferências e pagamentos com o Pix. É o que se chama de banking as a service.

Nesse exemplo, o banco é classificado como participante direto do sistema e a varejista é uma participante indireta. Além do banking as a service, o Pix também poderá criar oportunidades com o relacionamento que se cria com as empresas.

De olho nesse mercado, o Banco Original espera que o Pix impulsione o banking as a service e multiplique por dez a relevância desse produto no negócio da instituição. Hoje, esse tipo de serviço representa 3% da receita e a expectativa é que em três anos salte para 30%. É uma estimativa, contudo, que vai depender da precificação, que por sua vez vai variar de acordo com as movimentações das principais instituições e do nível de competição.

Oportunidades do Pix

Entre os clientes desse tipo de serviço não estarão apenas as companhias de fora do setor financeiro. Pequenas fintechs, ainda não habilitadas para operar como participantes diretos do sistema, também poderão ser exploradas. Não é, contudo, um mercado que todos os principais participantes diretos devem explorar inicialmente. O Nubank, por exemplo, que lidera o registro de chaves de segurança para o Pix, ainda não pretende entrar nesse segmento.

O PicPay, fintech do Original que atua como uma carteira digital, também quer ganhar dinheiro com o Pix por meio de parcerias com estabelecimentos comerciais, nas transações que são feitas pelo aplicativo. Embora a pessoa física esteja isenta de pagar tarifas em transferências e pagamentos, a loja que recebe o dinheiro pagará uma taxa ao PicPay, em transações feitas de um determinado valor, ainda não definido pela fintech.

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As informações são do 6 Minutos e da Agência Estado