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Confiança do consumidor: INC aponta nova queda em abril, atribuída à desaceleração econômica

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

O Índice Nacional de Confiança (INC) caiu novamente em abril, mantendo-se num cenário pessimista. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), essa nova queda, a quinta consecutiva, foi atribuída ao processo de desaceleração econômica.

O INC, produzido pela PiniOn para a ACSP, registrou 98 pontos em abril, representando uma diminuição de 1,0% em relação a março e de 2,0% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa é a quinta queda mensal seguida e a quarta em relação ao mesmo mês do ano anterior, desde janeiro de 2021, marcado pela pandemia e pelo consequente isolamento social.

O índice permanece abaixo de 100 pontos, indicando um quadro pessimista. Vale lembrar que o e-commerce também teve baixo crescimento, assim como visitas às lojas de ruas e shoppings.

Piora na situação financeira

Uma pesquisa realizada com 1.679 famílias em todo o país, residentes em capitais e cidades do interior, destacou a queda da confiança nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste. No Sul, o índice permaneceu estável e houve um aumento no Centro-Oeste. No que diz respeito às classes socioeconômicas, houve uma diminuição nas classes AB e DE, com um leve aumento na classe C.

Em geral, as famílias perceberam uma piora tanto em sua situação financeira atual quanto em suas perspectivas futuras, apesar de uma pequena melhora na sensação de segurança no emprego.

Processo de desaceleração econômica

Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, atribuiu o recuo da confiança do consumidor à redução na disposição para adquirir bens duráveis, como geladeiras e fogões. Por outro lado, a propensão a investir e a intenção de adquirir itens de maior valor, como carro e casa, permaneceram estáveis.

Segundo o economista, essa tendência negativa reflete o processo de desaceleração econômica, iniciado no ano passado, em um contexto de elevado endividamento das famílias — sem contar os juros ainda altos e o aumento dos preços dos alimentos, que afetam de forma mais significativa as famílias de baixa renda.

A evolução da confiança do consumidor nos próximos meses estará fortemente ligada às perspectivas de renda e emprego.