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Pesquisa mostra variações do e-commerce Cross-Border no mundo

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

O e-commerce cross border varia de país para país. Na Europa, os e-consumidores de economias sólidas tendem a comprar localmente, mas por outro lado, estão à procura de boas ofertas nos sites de fora. E enquanto Canadá e Estados Unidos são vizinhos, também são bem parecidos quando falamos de compras online.

Uma nova pesquisa “Cross-Border Ecommerce 2016: uma visão do comportamento e tendências de consumo país por país”, mostrou as taxas de penetração dos e-consumidores cross-border, as categorias dos principais produtos comprados e tendências e obstáculos para o e-commerce em 24 países.

Gráfico 1 - Varejistas que concordam que o e-commerce cross border é rentável

Nos Estados Unidos, por exemplo, os compradores virtuais exibem níveis baixos de compras no cross border. De acordo com um estudo do PayPal conduzido pela Ipsos em outubro de 2015, 22% de todos os e-consumidores nos Estados Unidos fazem uma compra cross-border nos últimos 12 meses, o menor nível de comportamento de compra nas Américas.

O mesmo estudo revela que 67% dos e-consumidores do Canadá fizeram compras cross-border nos últimos 12 meses, um dos maiores níveis de comportamento de compra nas Américas.

A Ásia está fragmentada em vários estilos de compra diferentes, sendo a líder mundial do cross-border na Austrália, o país com maior foco local nos consumidores do Japão e baixa penetração entre os e-consumidores em geral nos mercados emergentes como a Índia.

As compras online estão bastante difundidas entre os usuários na Austrália, sendo que 79,4% deles fizeram uma compra online em 2015, estima o eMarketer, colocando a Austrália no quinto lugar do mundo nesse tipo de mensuração. O e-commerce cross-border também é muito popular e continua sendo um atrativo para os consumidores que compram fora do país por conta da procura por melhores preços.

Gráfico 2 - E-consumidores da América que compram localmente versus cross border

Quando falamos de comportamento do e-consumidor, o Japão fica fora dos padrões. Em 2015, ele ficou em segundo lugar com o maior índice de penetração do mundo depois do Reino Unido, com 82% dos usuários de internet fazendo uma compra online no último ano, segundo estimativas do eMarketer. O índice, porém, está bem próximo das estatísticas locais, os consumidores do Japão fazem parte do grupo dos que estão menos propensos à compras no exterior.

A Índia, por outro lado, tem um dos menores índices de penetração de compras online na região asiática. Apenas 8,9% da população e 37,3% dos usuários da internet fizeram uma compra via computador ou dispositivo móvel em 2015, de acordo com o eMarketer. Por conta disso, a compra cross-border ainda está em estágios iniciais lá.

Gráfico 3 - Penetração do Cross border no Brasil e no México

A idade também desempenha um papel importante na propensão à compra online. Na América Latina, porém, fatores como classe social e pode aquisitivo também influenciam o comportamento do consumo online de forma mais forte que em outras regiões.

Pesquisas do Google e TNS de abril de 2015 mostram que 41% dos compradores online no Brasil fizeram um compra fora do país no último ano. E-consumidores com idade entre 25-34 anos (48%) e com menos de 25 (45%) foram os mais propensos a esse tipo de compra.

 

Esses resultados vão de encontro com uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) de Janeiro de 2015 e com o site de finanças pessoais Meu Bolso Feliz que mostrou que os compradores cross-border brasileiros tendem a ser mais jovens: 45% tinham idades entre 18 e 34 anos. Além disso, 48% eram das classes econômicas A e B (equivalente às famílias de classe média e classe alta) e 49% deles com nível de pós-graduação.

Fonte: eMarketer