A Pagaleve, fintech brasileira especializada em “Buy Now, Pay Later” (BNPL, na sigla em inglês para “Compre Agora, Pague Depois”), por meio do PIX parcelado em 4 parcelas, acaba de anunciar um aporte de US$ 25 milhões (R$ 130 milhões, aproximadamente), liderado pela Salesforce Ventures. A rodada contou também com a participação de fundos como Entrée Capital, Founder Collective, OIF Ventures, Endeavor Scale-Up Ventures e Janeiro Energy.
A empresa foi fundada em 2021 por Henrique Weaver (CEO) e Michael Greer (CTO), ambos com experiência em startups de alto crescimento.
Os executivos perceberam que, no país, o parcelamento era um método praticamente onipresente tanto em lojas físicas quanto no e-commerce. Entretanto, para compras parceladas, na grande maioria das vezes, o consumidor precisava de um cartão de crédito. E isso deixava uma parcela grande da população mal atendida – No Brasil, mais de 38% da população não possui cartão de crédito (de acordo com pesquisa realizada pelo Morgan Stanley); Já entre os que possuem, uma parcela significativa têm problemas com o limite do cartão; e uma parte significativa da população simplesmente não gosta de usar o cartão de crédito. Os fundadores criaram a Pagaleve para proporcionar aos consumidores a possibilidade de fazer pagamentos parcelados sem a necessidade de usar um cartão de crédito, por meio de uma plataforma altamente tecnológica e regras amigáveis.
“Queremos conectar varejistas a consumidores oferecendo meios inovadores de pagamentos e uma experiência de compra simples e intuitiva. Estamos muito empolgados com a ascensão da Pagaleve, e também muito honrados com o calibre dos fundos e investidores que acreditam no potencial de transformação que trazemos para o ecossistema de pagamentos no país”, conta Henrique Weaver, CEO da Pagaleve.
Esse aporte na brasileira Pagaleve é o primeiro do venture capital da Salesforce no Brasil. Um estudo conduzido pelo Morgan Stanley mostra que o mercado brasileiro de BNPL deverá alcançar uma receita de US$ 21 bilhões em 2026.
“A Pagaleve está preenchendo uma lacuna no mercado, através de seu produto de ‘Buy Now, Pay Later’, diz Roberth Keith, Managing Director da Salesforce Ventures. “Estamos animados para ver como eles continuam a revolucionar o ecossistema de pagamentos e a se posicionar como uma fintech líder na América do Sul”.
“Conseguir fechar uma rodada de investimentos como essa, em meio a um cenário econômico global turbulento, só fortalece nosso compromisso de continuar acelerando a inclusão financeira e o acesso a pagamentos parcelados para milhões de brasileiras e brasileiros – estimulando significativamente as vendas no setor de varejo e ajudando na redução de custos”, acrescenta Weaver.
A rodada teve também um componente de dívida (“venture debt”), liderado por um proeminente fundo de investimentos dos Estados Unidos. Mais detalhes serão divulgados oportunamente.
Em pesquisa realizada em 2022 pela Pagaleve em cinco regiões do Brasil, em parceria com o instituto Hello Research, foi observado que 72% dos entrevistados optam regularmente pelo parcelamento ao realizar suas compras – o que evidencia que essa forma de pagamento é essencial para o brasileiro. E quase um terço da população (31%) declara que deixaria de concluir uma compra caso a loja não aceitasse o meio de pagamento preferido. “Queremos tornar a Pagaleve sinônimo de parcelamento para milhões de consumidores, que hoje estão mal atendidos e cansados dos métodos tradicionais de pagamento”, finaliza Weaver.
Segundo os fundadores, um dos aspectos mais importantes do negócio é a função de risco. De acordo com Michael Greer, “a Pagaleve construiu um motor de risco diferente de tudo o que já existia no Brasil, unindo tecnologia de ponta, algoritmos de machine learning e um profundo conhecimento do mercado local. O resultado disso é uma alta taxa de aprovação, velocidade de processamento das informações, ao mesmo tempo que temos a inadimplência dentro do nosso apetite de risco. Estamos muito além do que os bancos conseguem fazer hoje”.
A fintech utilizará o valor captado para expandir seus negócios, reforçando iniciativas relacionadas à tecnologia e produto, análise de risco e experiência do consumidor.
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