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Nike vai reajustar preços nos EUA e retornar à Amazon após seis anos

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

A Nike vai aumentar os preços de alguns de seus produtos nos Estados Unidos a partir da próxima semana e retomar as vendas diretas pela Amazon, encerrando um afastamento iniciado em 2019. As medidas fazem parte de uma estratégia de reposicionamento da marca no varejo, em meio à intensificação da concorrência com marcas esportivas emergentes.

Nike
(Foto: Unsplash)

Segundo comunicado da empresa, o ajuste de preços faz parte do planejamento sazonal da marca. Os modelos de tênis com valores acima de US$ 150 terão acréscimo de até US$ 10. Já os itens com preços inferiores a US$ 100 permanecerão sem alterações.

Modelos como o clássico Air Force 1, que custa US$ 155, não sofrerão aumento. A linha infantil também será mantida sem reajustes, diante da aproximação da temporada de volta às aulas nos Estados Unidos.

Com parte significativa de sua produção concentrada na China e no Vietnã, a Nike acompanha de perto o impacto de tarifas comerciais que também afetam outras marcas do setor. A alemã Puma, por exemplo, anunciou recentemente a redução das remessas da China para os EUA e admitiu possíveis ajustes de preços.

Retorno à Amazon é mudança de estratégia

A Nike também anunciou sua volta à Amazon nos Estados Unidos, seis anos após ter encerrado a parceria com a plataforma. A decisão, na época, foi motivada por um foco maior nas vendas diretas, por meio do e-commerce próprio e lojas físicas da marca.

Agora, o retorno faz parte de um esforço de reestruturação liderado pelo CEO Elliott Hill, que tem como objetivo ampliar o alcance da marca e reconquistar participação de mercado. A companhia também planeja expandir sua presença em outros marketplaces e redes varejistas, incluindo a francesa Printemps.

Atualmente, os produtos da Nike na Amazon são comercializados por vendedores independentes. Com o novo acordo, a marca passará a vender diretamente na plataforma. De acordo com o site The Information, a Amazon já notificou alguns desses comerciantes de que eles serão impedidos de vender determinados itens da Nike a partir de 19 de julho.

A América do Norte se manteve, em 2024, como o principal mercado da Nike em receita total. O retorno à Amazon indica um reposicionamento importante diante da crescente competição no segmento esportivo e da necessidade de diversificar os canais de venda.

* Com informações da CNN.