Logo E-Commerce Brasil

Moeda virtual Bitcoin já é aceita por lojas no Brasil

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Com o aumento da procura de consumidores por bitcoins, cada vez mais lojas passam a aceitar a forma de pagamento no Brasil. A Joox, plataforma online especializada em personalizar cartões de visitas, por exemplo, é uma delas. “Os clientes pediram e decidimos experimentar”, contou o principal-executivo da empresa, Genau Lopes Jr. A loja usará o sistema argentino BitPagos, primeira plataforma de bitcoin da América Latina, para fazer as transferências. O pagamento é semelhante ao feito em reais. A única diferença é que o valor é convertido, pelo próprio sistema, para a cotação da moeda digital.

Mas quem pensa que essa tecnologia é exclusividade dos jovens se engana. A loja virtual Terceira Idade, com produtos específicos para idosos, é uma das 100 que aceitam bitcoin no Brasil. “A moeda é vantajosa tanto para os clientes, quanto para os lojistas. As transações são rápidas e sem taxas”, justifica o proprietário da loja, Edilson Osório.

Além disso, o PayPal, que gerencia sistema de pagamento eletrônico, também começará a aceitar a moeda. A integração foi concluída para ferramenta chamada “PayPal Payment Hub”, uma alternativa voltada para vender apenas de bens digitais. “Nós acreditamos que o bitcoin oferece oportunidades únicas tanto quanto os negócios fazem experimentações”, afirmou Scott Ellison, diretor de estratégia do PayPal.

Cuidados devem ser tomados para segurança

Mesmo que a moeda tenha se tornado uma forte aposta da internet, quem pretende investir em bitcoin precisa tomar alguns cuidados. O primeiro deles, explica Safiri Félix, diretor-executivo da Coinverse, é não oferecer a senha da carteira virtual para outras pessoas.

“O usuário deve cuidar das moedas da mesma forma que faz com a conta bancária”, orienta. Além disso, é muito importante, ainda de acordo com o especialista, pesquisar antes de apostar em uma corretora. “Veja recomendações na internet e não compre bitcoin se existir muitas reclamações”, aconselha.

Já o advogado Mauro Martins, da empresa especializada em direito tecnológico Pinhão e Koiffman, alerta para as consequências tributárias. “Ainda não temos uma lei que determine se os bitcoins serão declarados ou não, mas pode ser que aconteça”, explica.

De acordo com o advogado, o modelo aplicado deve ser inspirado no dos Estados Unidos. “No país, as moedas são declaradas como propriedades, de acordo com a legislação.” Saiba como comprar e investir em corretoras ou de outros usuários.

Quem deseja comprar bitcoins pode optar por corretoras (exchange) ou fazer a transação com outro consumidor. Para comprar de uma corretora, basta fazer um cadastro. A maioria aceita transferências bancárias ou cartões de crédito.

Se quiser obter as moedas de outro usuário, é ainda mais simples. Basta entrar em contato com a pessoa e negociar de carteira para carteira. Assim que o crédito for confirmado, o usuário poderá colocar ordens de compra e venda no sistema da exchange, parecida com as transações do mercado financeiro. É nesse momento que a compra do bitcoin acontece.

Após a compra, as moedas virtuais ficam depositadas numa espécie de carteira virtual na própria corretora, mas o usuário também pode transferir o valor para uma carteira digital do próprio computador ou até mesmo uma carteira “analógica”, que só existe no papel, por questão de segurança para o consumidor.

Para investir é preciso acompanhar as oscilações e comprar quando o valor estiver baixo. O usuário tem lucro quando vende, posteriomente, por um preço mais alto.

Fonte: Odia.ig