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Mercado Livre sofre queda de 1,5% no lucro líquido do 2º trimestre

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Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

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O Mercado Livre registrou lucro líquido de US$ 523 milhões no segundo trimestre de 2025, o que representa uma queda de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A retração no lucro aconteceu apesar do crescimento de 34% na receita líquida, que alcançou US$ 6,8 bilhões.

Fachada Mercado Livre
(Imagem: reprodução)

O lucro operacional ajustado, sem efeitos contábeis e tributários, somou US$ 825 milhões, com alta de 13,6%. No entanto, a margem operacional caiu 2,1 pontos percentuais, para 12,2%, e a margem líquida recuou para 7,7%.

E-commerce sustenta crescimento

A operação de comércio eletrônico foi responsável por US$ 3,8 bilhões da receita, com alta anual de 16,3% considerando a variação cambial e de 45% ao desconsiderar esse efeito. O número de itens vendidos chegou a 550,1 milhões, crescimento de 31%. O volume bruto de mercadorias (GMV) atingiu US$ 15,3 bilhões, alta de 21%.

No Brasil, o destaque foi a política de frete grátis para compras a partir de R$ 19. A iniciativa aumentou em 34% o número de itens vendidos em junho e elevou o GMV em 29% no trimestre. A estratégia também impactou os custos, pressionando a rentabilidade da operação. A receita com e-commerce no país chegou a US$ 2,1 bilhões, com crescimento de 28%.

Avanço nos principais mercados

Na Argentina, a estabilização econômica e o retorno da confiança do consumidor impulsionaram as vendas em 46% e o GMV em 75%. No México, o crescimento foi sustentado pela maior penetração da rede de fulfillment, que levou a uma alta de 36% nos itens vendidos e de 32% no volume bruto de vendas.

Fintech continua em expansão

A base de usuários ativos mensais do Mercado Pago alcançou 68 milhões, alta de 30% em relação ao ano anterior. A carteira de crédito somou US$ 9,3 bilhões, com crescimento de 91%. O cartão de crédito se destacou com aumento de 118% na carteira. Já o volume total de pagamentos (TPV) foi de US$ 64,6 bilhões. Os ativos sob gestão da fintech chegaram a US$ 13,8 bilhões, impulsionados pelo rendimento dos depósitos.

Custos e dívida em alta

Os custos operacionais do Mercado Livre somaram US$ 5,29 bilhões no trimestre, um crescimento de 39,4%. O fluxo de caixa ajustado foi de US$ 454 milhões.

A dívida líquida da companhia subiu para US$ 3,83 bilhões, quase o triplo do registrado um ano antes. Segundo o balanço, o aumento está relacionado a aportes no Mercado Pago e à redução do volume de recebíveis em comparação com trimestres anteriores.

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