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Lojas online ganharam 42 milhões de consumidores únicos em 2020

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Em 2020, as lojas online tiveram 42,9 milhões de consumidores únicos, sendo 47% deles — cerca de 20 milhões — estreantes nesta modalidade de compra. É o que aponta o mapeamento da All iN e da Social Miner, em parceria com a Opinion Box, Compre & Confie | Neotrust, Clearsale e Aftersale.

Dados de um estudo da Cortex e da Social Miner revelam, por exemplo, que entre março e maio, quando a Covid-19 passou a dominar a agenda da mídia — representando cerca de 56,5% de toda cobertura de imprensa e com pico de 70% no final de março —, a grande aderência à campanha “fique em casa” fizeram as buscas por delivery no google crescerem 390%; as pesquisas por “como fazer comida em casa” aumentarem 110%; “como fazer pães”, 110%; e “como fazer bolos”, 61%.

Não à toa, em abril, a representatividade das visitas em sites de Alimentos e Supermercado subiu 68% em relação ao volume total de visitas no mês anterior, e a representatividade de multicategoria cresceu 284% no mesmo período, como podemos ver no gráfico abaixo:

*dados referentes a base da Social Miner, levantados no estudo “O Comportamento do Consumidor em 2020”

Na contramão de Alimentos e Supermercado, que tiveram alta procura, é possível notar uma queda significativa de representatividade da categoria Moda e Acessórios, que caiu 26%, e Beleza, que perdeu 15% do total de visitas em um comparativo de março a abril, segundo o levantamento.

Cadastros nas lojas

De acordo com o estudo, esses impactos não refletiram apenas nas visitas. O número de cadastros também caiu nas categorias de Moda e Acessórios (6%) e Beleza (28%), de março a abril.

Foi só entre os meses de agosto e setembro, com a saturação do tema Covid-19 nas mídias e a diminuição na intensidade da cobertura da imprensa — que acabaram influenciando o retorno do consumidor à circulação, de acordo com dados do Google mobilidade —, que os cadastros nos sites de Moda e acessórios voltaram a crescer, 53%, enquanto os cadastros em sites de Alimentos e Supermercados caiu 78%, já que as pessoas voltaram a frequentar ambientes físicos.

*dados referentes a base da Social Miner, levantados no estudo “O Comportamento do Consumidor em 2020”

Vendas

Quando o assunto é vendas, Alimentos e Supermercado se destaca, quase triplicando sua representatividade em abril em relação a março, crescendo 181%, e se mantendo acima dos 14% pelos meses seguintes, até cair 52% em setembro no comparativo com agosto.

A categoria bebidas também apresentou um aumento na representatividade das vendas, com crescimento de 159% em março em comparação a fevereiro. Entre março e abril, por exemplo, no momento de maior volume de notícias sobre a pandemia, o interesse das pessoas pela compra de vinho aumentou 122%. A variação é maior que a registrada em períodos de festas de final, quando a alta não passou de 56%.

Além disso, com a maior permanência das pessoas em casa, a atenção de muita gente provavelmente se voltou às “reformas”, segundo o levantamento. Isso porque no final de setembro, o termo atingiu um pico e, em outubro, a representatividade do segmento de Casa e Construção nas vendas do varejo online teve destaque, ao apresentar um crescimento 16 vezes superior ao valor apurado em março.

Em julho, a representatividade das vendas na categoria Farmácia e Saúde saltou 429% no comparativo com junho.

*dados referentes a base da Social Miner, levantados no estudo “O Comportamento do Consumidor em 2020”

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