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Indústria registra queda de 0,3% em produção de fevereiro, segundo IBGE

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Pelo segundo mês consecutivo, a produção da indústria brasileira caiu, registrando 0,3% em fevereiro. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado de 12 meses, a indústria nacional apresenta evolução de 1%, enquanto no retrospecto até janeiro deste ano, o acumulado anual foi de 0,4%. Já a produção industrial está 1,1% abaixo dos níveis pré-pandemia e 17,7% inferior ao ponto máximo da série, alcançado em maio de 2011.

“O resultado de fevereiro teve perfil disseminado de taxas positivas e foi o mais elevado desde junho de 2021 (12,1%), sendo influenciado não só pela baixa base de comparação, mas também pelo efeito calendário. Em fevereiro de 2024, foram 19 dias úteis, um a mais que fevereiro de 2023”, afirma André Macedo, gerente da pesquisa.

Setores

Na comparação entre janeiro e fevereiro deste ano, a pesquisa aponta que dez dos 25 ramos industriais reduziram suas produções. As influências negativas mais importantes foram nos itens produtos químicos (3,5%), indústrias extrativas (0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6%).

Nos subsetores que avançaram em fevereiro, veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (5,8%) foram os melhores neste retrospecto.

No recorte das grandes categorias econômicas, o setor de bens intermediários recuou 1,2%, tendo sido a única taxa negativa dos quatro grupos pesquisados.

Entre os crescimentos, há destaque para o segmento de bens de consumo duráveis, que avançou 3,6% e apontou o crescimento mais acentuado nesse mês, após também avançar em janeiro (1,5%) e dezembro de 2023 (6,6%). Bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também registraram resultados positivos.

Na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, houve uma alta de 5%. Nesse tipo de confrontação – mês com o mesmo período do ano anterior – essa foi a sétima alta seguida e a mais expressiva desde junho de 2021 (quando o resultado foi de 12,1%, em um soluço de recuperação parcial dos efeitos da pandemia de covid-19).

*Com informações da Agência Brasil