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Iguatemi cria ‘vitrine’ para oferta online no varejo físico

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Pensando em aprimorar a experiência de vendas online do setor de varejo premium, a rede Iguatemi inaugurou a primeira loja “pop-up” (temporária) do seu e-commerce Iguatemi 365. A ação faz parte da estratégia da companhia de interligar o mundo virtual ao físico dos shoppings para os consumidores.

A nova unidade deve servir como expositor para marcas de luxo vendidas exclusivamente no site da companhia. “Essa combinação de online e offline vai ampliar a oferta de produtos que antes não estavam disponíveis no país”, contou o copresidente do Iguatemi, Carlos Jereissati Filho, ao Estadão.

Shopping Iguatemi, localizado na avenida Faria Lima, em São Paulo

Essa é mais uma iniciativa da estratégia da rede de shoppings na expansão do serviço de e-commerce de luxo, criado em outubro de 2019.

Atualmente, o Iguatemi 365 é responsável por comercializar em seu marketplace cerca de 1,6 mil produtos de 62 marcas nacionais e internacionais, das quais 30 são exclusivas da plataforma e outras 18 não têm lojas físicas no Brasil.

“Nós sabemos que, no mundo da moda, poder tocar os produtos ainda faz muita diferença para os clientes”, afirmou o diretor de negócios digitais do Iguatemi, Mário Meirelles. Para a decoração da pop-up do Shopping Iguatemi, em São Paulo, a empresa se inspirou em grandes lojas de departamentos, como Bloomingdale’s e Barney’s New York.

Conforme divulgado pela empresa, apesar da inauguração da loja física, todo o processo de compra continuará virtual pelo site do Iguatemi 365.

Dentro dessa iniciativa, a companhia também se prepara para o lançamento de um aplicativo para celulares que deve facilitar o processo de compras do marketplace.

Essas iniciativas vêm depois de a Iguatemi ampliar seu processo logístico na entrega dos itens de luxo para todo o Brasil. A empresa, contudo, não divulga as informações sobre investimentos das iniciativas de expansão da operação. No terceiro trimestre, a companhia teve prejuízo de R$ 57,9 milhões.

O resultado foi reflexo do efeito negativo da Infracommerce, empresa relacionada ao mundo digital na qual o grupo detém participação.

Para o consultor Luiz Felipe Salles, fundador Mix Retails Malls, o uso de diferentes canais de venda é tendência cada vez mais forte para os negócios que nasceram no mundo virtual. “A empresa precisa se conectar em todos os pontos de venda com o cliente. Em algum momento todas as companhias vão ter de ser físicas e virtuais”, diz Salles.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, o lançamento do Iguatemi vai ao encontro do desejo dos consumidores de buscar não só produtos, mas também uma experiência de compra mais exclusiva – algo difícil de se fazer apenas pela internet. “O varejo de shopping está se modernizando, encontrando novos formatos e soluções para oferecer a melhor experiência para o consumidor”, afirmou Humai.

Novidades

De olho na expectativa de crescimento das vendas no mercado de luxo para o próximo ano, o grupo dá ênfase aos novos nomes da moda premium. Os consumidores terão acesso a produtos como Chiara Ferragni, Fjällräven e Annak, ao lado de grifes clássicas como Tiffany & Co. e Dolce & Gabbana.

“Nós temos uma boa expectativa para 2022. O mercado da alta moda nacional e internacional está em alta”, afirma Jereissati. “Outras marcas importantes querem estar no nosso marketplace e estão nos procurando. Nós teremos novidades para aumentar essa constelação de marcas de luxo em 2022”, complementa.

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Fonte: Estadão Conteúdo, via Money Times