Em 2020, os líderes do G20 aprovaram um roteiro para aprimorar as infraestruturas e experiências de pagamentos transfronteiriços. Na ocasião, o objetivo era tornar esses pagamentos mais acessíveis, rápidos e transparentes até 2027. Ao que tudo indica o processo chegou em sua metade, já com as cinco áreas de foco originais do G20 reduzidas para três.
As prioridades atualizadas para a próxima fase do roteiro transfronteiriço do G20 são:
- interoperabilidade e expansão dos sistemas de pagamentos;
- quadros legais e regulatórios de supervisão;
- e padrões de troca de dados e mensagens.
Desafios dos pagamento transfronteiriços
Historicamente, os pagamentos transfronteiriços enfrentam desafios por conta de sistemas desconectados e regulamentações isoladas. Até 2027, o G20 pretende que 75% dessa operação sejam creditadas ao beneficiário dentro de uma hora. Trata-se de uma meta ambiciosa, dada a complexidade atual dos pagamentos transfronteiriços, com códigos fiscais e requisitos de conformidade variados em diferentes países.
No entanto, avanços estão sendo feitos para melhorar os pagamentos internacionais, e cada inovação nos aproxima dos objetivos do G20. Por exemplo, a mudança para a ISO 20022: substituta dos formatos anteriores, tem sido bem recebida pelos participantes transfronteiriços.
A eficiência máxima da padronização de dados e mensagens, porém, só pode ser alcançada quando todos estiverem envolvidos 3 e essa integração é um processo complexo. O investimento para migrar os sistemas bancários básicos para o novo padrão é significativo.
O Banco de Compensações Internacionais alertou em um relatório de outubro de 2023 que a atual inconsistência na implementação e uso da ISO 20022 corre o risco de minar alguns de seus benefícios para pagamentos transfronteiriços. Os EUA devem seguir com a migração para a ISO 20022 em abril de 2024 (CHIPS) e março de 2025 (Fedwire).