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Falha deixou milhões de usuários da Apple e do Google vulneráveis

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

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Milhões de usuários da Apple e do Google podem ter ficado vulneráveis a hackers, graças a um bug chamado por pesquisadores de "ataque FREAK". Ainda não há indícios se algum hacker se aproveitou da falha, que está sendo corrigida pelas empresas. Pesquisadores responsabilizam o governo dos Estados Unidos pelo problema, graças a uma política dos anos 1990 que obrigava as fabricantes de softwares americanas a usarem programas de criptografia mais frágeis, para facilitar o acesso de autoridades a criminosos e terroristas. Muitos sites e browsers continuaram a usar nas últimas décadas o software mais vulnerável, de acordo com especialistas em segurança que divulgaram os resultados de um estudo nesta terça (3). Os pesquisadores afirmam que o bug facilitava aos hackers quebrar a criptografia que deveria prevenir roubos de dados quando um usuário digita informações confidenciais em uma página da web, como a senha do banco, por exemplo. Quase um terço de todos os sites criptografados estaria vulnerável até a última terça, incluindo sites de operadoras de cartão de crédito, bancos, lojas e governos nacionais, afirmam os pesquisadores. Segundo Zakir Durumeric, cientista da computação da universidade do Michigan que lidera o grupo de especialistas, a vulnerabilidade afeta o Safari, browser da Apple, e o navegador instalado no sistema operacional Android, do Google. O Google Chrome não seria afetado pela vulnerabilidade. A Apple e o Google afirmaram que estão criando atualizações para corrigir o "FREAK", um acrônimo para "Factoring attack on RSA-EXPORT Keys". A Apple diz que irá disponibilizar a correção na próxima semana e o Google afirma que já disponibilizou a atualização para fabricantes e operadoras. O grupo de pesquisadores ressaltou no estudo os perigos de políticas governamentais que obrigam o enfraquecimento da criptografia para combater crimes ou ameaças à segurança pública. Fonte: Info