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Executivos do varejo debatem cenário incerto e meios para superá-lo

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

É em meio às dificuldades mais notáveis que oportunidades e meios de superação surgem, principalmente no ambiente de negócio. A máxima, utilizado como exemplo para uma série de situações na vida, foi aceita e colocada como principal pensamento em tempos incertos tais quais os atuais no varejo nacional.

Em conversa durante o Web Summit Rio 2023, no palco Pandaconf, os CEOs Tiago Dalvi (Olist), Mariana Ramos (Gupy) e Daniel Scadian (MadeiraMadeira) falaram sobre a navegação de suas companhias em meio ao conturbado momento econômico vivido no Brasil nos últimos anos.

“Acredito que as ineficiências do mercado, algo que não é novo para nós, trazem oportunidades. São em períodos e ciclos turbulentos que fundamentos e pilares se mostram ainda mais importantes para empresas internamente”, começou Dalvi.

Tiago Dalvi (Olist), Mariana Ramos (Gupy) e Daniel Scadian (MadeiraMadeira)

Em concordância com ele, Mariana trouxe os colaboradores como peça-chave do fortalecimento interno das empresas, principalmente em tempos de crise. 

“A estratégia sempre tem que levar em consideração as pessoas que vão executá-la em sua última via, ou seja, os funcionários. Além disso, parte do que está sendo vivido hoje no varejo e em outros setores se deu à uma onda de contratação que não levou em consideração perfis e engajamento entre candidatos e companhia”, pontuou a executiva.

E o futuro?

Logo depois, Scadian contribuiu citando também que momentos de crise ajudam no aprendizado e reflexão para o que ainda virá.

“As avarias que caem sobre o mercado varejista, por exemplo, são necessárias para que empresas exercitem sua disciplina. Além disso, sempre há meios de reinvenção e que, por vezes, revolucionam o segmento e ajudam na entrega de resultados”, afirmou.

Como dica para seguir em meios às águas turbulentas do varejo nacional, Dalvi citou o uso de ações básicas como forma de reestruturar-se.

“A expressão “back to basics” remete a períodos em que corporações precisam voltar ao início e, por qualquer que seja o motivo, redesenhar processos. Utilize essa ‘pausa’ para estabelecer metas e prepara-se para imprevistos. O negócio só tende a melhorar com esta simplificação e o fôlego para a maratona é renovado”, pontuou.

Neste ano, o número de reservas por galpões diminuiu e a expectativa de resultados no e-commerce também diminuiu. O efeito, no entanto, pode ter mais relação com a estabilidade no crescimento do segmento no Brasil após o ‘boom’ durante a pandemia.