A Amazon tem contratado centenas de milhares de trabalhadores para cargos em seus centros de distribuição, mas esses funcionários se desligam da empresa quase tão rápido quanto são contratados, de acordo com relatório do The New York Times publicado na terça-feira (15).
Muitos dos mais de 350 mil trabalhadores contratados pela varejista de julho a outubro permaneceram na empresa “apenas alguns dias ou semanas”, disse o relatório.

Os executivos da empresa temem não ter pessoas para contratar devido à alta rotatividade da empresa
Os funcionários horistas tiveram uma taxa de rotatividade de cerca de 150% ao ano, segundo dados revisados pelo jornal. Isso levou alguns executivos da Amazon a se preocupar com a possibilidade de ficar sem funcionários nos Estados Unidos.
Contratações na Amazon
De acordo com a Insider, a companhia iniciou uma longa série de contratações em 2020, enquanto tentava acompanhar um grande aumento na demanda durante os bloqueios por coronavírus. À medida que os americanos recorriam cada vez mais à Amazon em busca de produtos de higiene pessoal e mantimentos, a empresa repetidamente anunciava grandes esforços de contratação.
Em maio de 2021, a Amazon estava oferecendo até US$ 1.000 em bônus de assinatura para novos funcionários — em parte um sintoma dos problemas de contratação que os empregadores estão enfrentando em uma variedade de setores e, potencialmente, da taxa de rotatividade alta da Amazon.
Um ex-gerente da Amazon que supervisionou os esforços de recursos humanos focados em trabalhadores de depósitos comparou a situação com a rotatividade de trabalhadores em depósitos da Amazon ao uso de combustíveis fósseis. “Continuamos a usá-los, embora saibamos que estamos cozinhando lentamente a nós mesmos”, disse ele ao jornal.
Os representantes da Amazon não responderam imediatamente a um pedido de comentário, segundo a Insider.
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Fonte: Insider