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E-commerce cresce 12,6% e fatura R$ 39,6 bilhões no 1º trimestre

O e-commerce brasileiro teve um crescimento de 12,6% no 1º trimestre de 2022, o que representou um faturamento de R$ 39,6 bilhões ao comércio digital. Os dados são da Neotrust, que aponta também uma alta no número de pedidos, que totalizou 89,7 milhões de compras online, uma elevação de 14% em comparação aos três primeiros meses do ano passado.

Um dos destaques do levantamento é o salto da utilização do Pix como meio de pagamento no e-commerce. A ferramenta que representava 4,3% do faturamento total, passou a ter uma fatia maior dentro do saldo, indo para 9,7% em um ano. Esse comportamento refletiu nos pagamentos feitos por boletos, que diminuíram 6,5 pontos percentuais.

“O consumidor vem preferindo utilizar o Pix ao invés do boleto bancário nas compras online, e um dos fatores que pode explicar esse crescimento é a praticidade nas transações, que podem ser feitas em qualquer dia e horário, por meio do celular pessoal do comprador, além de novas funcionalidades que possibilitam um pagamento mais facilitado, como o Pix Parcelado”, avalia Paulina Dias, Head de Inteligência da Neotrust.

O cartão de crédito segue sendo o método mais utilizado nas compras digitais nos primeiros três meses de 2022, representando 82,6% do faturamento total.

Região e categorias em destaque no e-commerce

A região Nordeste merece destaque após registrar um aumento de 20% no faturamento e somar R$ 6,95 bilhões, além de apresentar uma alta de 29% nos pedidos, com 14,3 milhões de compras realizadas.

Aliás, todas as regiões brasileiras apresentaram crescimento no e-commerce no 1º tri de 2022, de acordo com a Neotrust. O Sudeste, região com maior faturamento e número de pedidos no varejo digital do Brasil, arrecadou R$ 22,8 bilhões e teve mais de 54,7 milhões de compras online, elevação de 9% em ambos os indicadores em comparação com o mesmo período do ano passado.

As categorias que tiveram maior faturamento foram telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, moda e acessórios e informática. Entre as que tiveram maior faturamento, os eletrodomésticos ficaram em primeiro lugar, com crescimento de 25,8%, e moda e acessórios em segundo, com elevação de 25,5%. Apesar de configurarem entre os segmentos de maior arrecadação, telefonia e informática apresentaram queda em faturamento, com redução de 0,6% e 20,3%, respectivamente.

Moda e acessórios, beleza e perfumaria, alimentos e bebidas, saúde e utilidades domésticas são as categorias com maior número de pedidos entre janeiro e março deste ano, sendo alimentos e bebidas o setor que mais cresceu: 73,4%. Saúde também avança no e-commerce, com aumento de 38,1% nas compras online.

Sobe número de clientes únicos 

O número de clientes únicos – ou seja, aqueles que fizeram ao menos uma compra – também cresceu. Mais de 24 milhões de clientes únicos realizaram compras contra 23 milhões no mesmo período em 2021, 16 milhões no mesmo período em 2020 e 13 milhões no mesmo período em 2019.

“Apesar do constante crescimento, o que se percebe é a desaceleração de clientes únicos no e-commerce devido à retomada do varejo físico após a pandemia. Com isso, é esperado um avanço do comércio online de forma menos expressiva em relação aos anos anteriores”, finaliza Paulina Dias.

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