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Confiança dos varejistas continua aumentando pelo segundo mês seguido, revela CNC

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

Apurado todo mês pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), registrou uma alta de 2,4% no mês de fevereiro, o segundo aumento consecutivo, e com isso, atingiu 109,7 pontos (descontados os efeitos sazonais). Mesmo com a melhora, o indicador está 4,9% abaixo do registro do mesmo período no ano passado.

(Imagem: Freepik)

O maior crescimento mensal da confiança dos varejistas em relação às condições atuais da economia foi de 8,5%. No entanto, no comparativo anual houve a redução de 18,8%, sendo o fator que mais caiu.

O segundo avanço veio da avaliação das condições atuais do setor (economia, setor e empresa), com 5,6% de aumento no mês e no ano. Entretanto, houve uma queda de 17,2%. As duas variáveis foram responsáveis pelo fato de o indicador das condições atuais ter tido o maior crescimento mensal, de 5,7%, mesmo sendo o único ainda abaixo da zona de satisfação.

(Imagem: CNC/Divulgação)

Para José Roberto Tadros, Presidente da CNC, isso demonstra que os varejistas ainda não estão plenamente satisfeitos com o momento atual da economia e do comércio, apenas menos pessimistas. “A confiança do setor está crescendo, mas ainda há desafios a serem superados, como o alto custo do crédito e a inadimplência. A priorização do consumo em bens essenciais também é um fator a ser observado”, comentou.

Expectativas positivas para o futuro

O indicador que avalia as expectativas dos comerciantes subiu 1,8% no mês e também apresentou o primeiro número anual positivo (+1,9%) desde novembro de 2022. Os mdemais subitens (expectativa em relação à economia, ao setor e à empresa) também ficaram acima do nível de satisfação, tornando-se os únicos em condições melhores às de fevereiro de 2023.

O maior aumento de expectativa foi em relação à economia: com 2,6% de aumento mensal, e no ano, o crescimento foi de 4,4%.

No entanto, Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, fez um alerta: apesar do otimismo com o que virá, os varejistas continuam enfrentando desafios. A taxa de juros para empresas, embora tenha diminuído em relação ao ano passado, segue alta (18,4%). Além disso, a inadimplência das empresas aumentou de 2% para 3,5% entre dezembro de 2022 e 2023, dificultando o acesso ao crédito.

Em relação ao consumidor, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também feita pela CNC, indicou que as famílias estão priorizando a organização dos seus orçamentos, colocando o consumo em segundo plano. “A perspectiva para consumir permaneceu em declínio em fevereiro, mas o percentual de consumidores que pretendem reduzir as compras também vem caindo, o que impacta positivamente a expectativa dos comerciantes em relação aos próximos meses”, observou Tavares.

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