Nem mesmo o Dia dos Pais foi suficiente para fazer o setor varejista voltar a crescer. De acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (6) pela Serasa Experian, o comércio registrou queda de 0,9% nas vendas em relação a julho de 2016 – já descontados os efeitos sazonais.
O setor que puxou os números para baixo foi o de veículos, motos e peças, com uma queda de 3,4% de um mês para outro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (agosto/15), houve retração de 5,7% na movimentação dos consumidores – apesar do cenário negativo, este foi o melhor índice dos últimos 11 meses. Esta é a 13ª queda consecutiva.
Segundo economistas da Serasa, os seguidos baques no comércio são resultado, ainda, da inflação elevada, das altas taxas de desemprego e de condições de crédito ao consumidor cada vez mais restritivas. Mesmo assim, os níveis de confiança do consumidor melhoraram, mesmo que pouco, em relação ao início de 2016.
Setores
O levantamento da empresa mostra um recuo em todas as categorias analisadas (veja no gráfico abaixo) durante agosto contra julho. Além do setor de veículos, os segmentos de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática recuaram 2,2%. Já o de tecidos, vestuário e calçados caiu 1,3%, assim como a área de combustíveis e lubrificantes.
Por outro lado, os menores recuos ocorreram na categoria de material de construção (-0,3%) e na de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (-0,4).
Já no acumulado de 2016, tecidos e vestuário foi a segunda categoria com a maior queda (13,5% de recuo), seguida por móveis, eletroeletrônicos e informática (12,8% de retração). Veículos, motos e peças lideram novamente o ranking, com perdas de 15,1%.
A Serasa consultou amostras de 6 mil empresas comerciais e o indicador, com início em janeiro de 2000, é segmentado em seis ramos de atividade comercial.