Em uma escalada da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo, a China anuncia uma série de resposta ao aumento das tarifas dos EUA sobre importações chinesas. As medidas foram anunciadas incluem tarifas sobre produtos americanos, restrições de exportação de minerais cruciais e sanções a empresas estadunidenses.

As tarifas chinesas variam entre 10% e 15%, incluindo itens estratégicos para os EUA. É o caso dos combustíveis fósseis e automóveis, os quais o governo Trump tem defendido ativamente. Além disso, Pequim impôs restrições à exportação de minerais críticos utilizados em tecnologias avançadas e defesa.
Duas empresas americanas, PVH Group (dona da Calvin Klein e Tommy Hilfiger) e a Illumina, foram adicionadas à lista de entidades não confiáveis da China, o que pode resultar em severas restrições de negócios no país. Em paralelo, o Google enfrenta uma investigação antitruste, aumentando a pressão sobre empresas de tecnologia dos EUA que operam na China.
Tensão global
A reação imediata nos mercados financeiros foi de cautela, com analistas prevendo possíveis interrupções nas cadeias de suprimentos e mais incerteza na economia global. A China também formalizou uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC), contestando as tarifas impostas pelos EUA.
De acordo com especialistas, a abordagem da China é multifacetada. Com isso, o país asiático combina tarifas, restrições de exportação e investigações visando pressionar os EUA em negociações futuras.
*Com informações do South China Morning Post