A guerra comercial entre China e Estados Unidos tem data para um “cessar-tarifas”: quarta-feira (14). Em comunicado nesta segunda-feira (12), oficializado por Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, ambos optaram por suspender as tarifas de 115% mutuamente. A ação vale por 90 dias e reduz o nível de tensão envolvendo mercados adjacentes.

Na prática, ainda existirão tarifas envolvendo os dois países, mas sem as grandes proporções tomadas no último mês. Enquanto as importações chinesas terão alíquotas de 30%, os produtos norte-americanos serão taxados em 10% no caminho inverso. Além disso, a China continuará com uma taxa adicional de 20% sobre o fentanil.
No comunicado conjunto, as potências mundiais informaram sobre o acordo e concordaram em “estabelecer um mecanismo para continuar as discussões sobre relações econômicas e comerciais”.
Eles ainda reconheceram a “importância de suas relações econômicas e comerciais bilaterais para ambos os países e para a economia global” e afirmaram que novas rodadas de negociação podem ser realizadas no futuro nos EUA ou na China.
A decisão foi anunciada em paralelo à visita de Luis Inácio “Lula” da Silva, presidente do Brasil, à China. A ocasião, aliás, serviu para um anúncio de R$ 27 bilhões em investimentos chineses no mercado brasileiro, incluindo o desenvolvimento de um aplicativo de entregas chamado Keeta.
Linha do tempo
Abaixo, a trajetória simplificada das questões políticas e econômicas entre China e EUA que levaram ao ‘tarifaço’ aplicado em 2025:
