A Nuvei, fintech global de soluções de pagamento, lançou a quarta fase do Guia de Expansão Global para Mercados de Alto Crescimento, com foco na Índia e no Chile. O estudo mostra como a presença — ou ausência — de sistemas de pagamentos instantâneos impacta diretamente a dinâmica do e-commerce em cada país.

Abaixo, veja o cenário encontrado pelo relatório em cada um dos países e as comparações com panoramas dos meios de pagamentos em mercados consolidados:
Índia e o UPI
Criado em 2016, o Unified Payments Interface (UPI) se tornou o método dominante no e-commerce indiano. A participação do sistema deve avançar de 55% para 57% entre 2024 e 2027, enquanto os cartões de crédito tendem a perder espaço: os internacionais recuam de 18% para 16% e os nacionais se mantêm em 7%.
A expansão acompanha o crescimento acelerado da economia local. Com PIB de US$ 4,19 trilhões e avanço médio anual de 8,2% desde 2018, a Índia ganhou cerca de 33 milhões de novos consumidores apenas em 2024. O e-commerce do país movimentou US$ 181,9 bilhões no ano passado e deve crescer 16% ao ano até 2027. Apesar de ainda representar 27% do varejo — bem abaixo de mercados como China (47%) e Estados Unidos (50%) —, o potencial de expansão segue elevado.
Chile com os cartões
Sem um sistema universal de pagamentos instantâneos, o Chile mantém os cartões como principal meio de pagamento online. A participação do crédito internacional deve avançar de 58% para 60% entre 2024 e 2027, após um salto em relação aos 43% registrados em 2019. O débito aparece em segundo lugar, com participação estável de 20%.
Com 18,6 milhões de habitantes e PIB per capita superior ao brasileiro e três vezes maior que o indiano, o Chile apresenta um e-commerce de porte menor, mas com taxa média de crescimento de 10% ao ano até 2027, passando de US$ 35,3 bilhões para US$ 45,7 bilhões.
O país também se destaca pela abertura ao comércio internacional. Com 33 tratados de livre comércio, baixo custo de importação e legislação simplificada, a participação de compras cross-border no e-commerce chileno deve subir de 24% para 28% até 2027. Segundo o estudo, comerciantes estrangeiros conseguem operar no mercado local sem necessidade de constituir entidade legal, o que reduz barreiras de entrada.