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PMEs já movimentaram R$ 10,8 milhões com e-commerce nas primeiras 12 horas da Black Friday

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

A Black Friday 2021 na virada de quinta para sexta-feira e já está trazendo resultados positivos para os pequenos e médios empreendedores em todo o Brasil. Somente nas 12 primeiras horas, os e-commerces de PMEs movimentaram R$ 10,8 milhões, montante 13% superior ao registrado no ano passado (R$ 9,6 milhões).

No total, já foram vendidos mais de 215 mil produtos, aumento de 14% em comparação com o mesmo período de 2020. Esses resultados parciais são baseados no banco de dados da Nuvemshop, plataforma de e-commerce que atualmente atende 90 mil lojas online, em sua maioria de pequenos e médios empreendedores.

A comparação entre os dados totais da Black Friday do ano passado (27.11.20) com os números parciais de hoje (26.11.21) traz resultados que refletem diferentes cenários do comércio digital brasileiro.

A Nuvemshop constatou que o ticket médio foi de R$ 217 para R$ 246, um aumento de 13%. Ao contrário da edição de 2020, que teve o pico de vendas à meia-noite, a Black Friday 2021 registrou o maior número de vendas às 10 horas até o momento, quando houve 267 produtos vendidos por minuto.

Diferencial em 2021

“Os dados indicam que, neste ano, a Black Friday começou mais cedo, com ações promocionais fortes (como descontos, frete grátis e outros benefícios para os clientes) desde a primeira semana do mês. A estratégia reflete a conjuntura do mercado: a economia deixou de crescer no ritmo que estava no começo do ano e, por conta disso, as PMEs tiveram que apostar fortemente na Black Friday para impulsionar as vendas no fim do ano”, afirma Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop.

Em parte, essa estratégia também é um recurso das PMEs para oferecerem promoções fora do período em que os grandes varejistas estariam trabalhando dessa forma. Ou seja, é uma maneira desses empreendedores tentarem se destacar e atrair a atenção do consumidor durante um período mais longo, sem depender apenas do fim do mês de novembro.

Outros resultados parciais (atualizados às 12h00 de hoje) – Black Friday 2021:

Top 5 categorias que mais venderam nas primeiras horas:

  • Moda: R$ 4,6 milhões
  • Brinquedo: R$ 652 mil
  • Eletrônico: R$ 619 mil
  • Saúde & Beleza: R$ 562 mil
  • Casa & Jardim: R$ 474 mil

Top 5 estados que mais estão comprando:

  • São Paulo: R$ 6,3 milhões
  • Minas Gerais: R$ 932 mil
  • Rio de Janeiro: R$ 670 mil
  • Santa Catarina: R$ 525 mil
  • Paraná: R$ 500 mil

Perfil de compra:

  • 73% das compras foram por mobile
  • 27% das compras foram por desktop

Entregas:

  • 38% das entregas de PMEs no e-commerce foram via Correios
  • 62% das entregas por aplicativos de entrega

Meios de pagamento e logística em destaque na Black Friday

Os meios de pagamento oferecidos pelos e-commerces também retratam a situação econômica dos brasileiros neste ano. Embora o ticket médio das compras seja 13% maior, os consumidores estão pagando em parcelas: 47% das compras foram pagas em 2 parcelas ou mais, enquanto no ano passado apenas 31% das compras foram parceladas.

“Embora a expectativa de vendas para a data neste ano seja positiva, sabemos que o cenário atual, com alta inflação, impacta diretamente na Black Friday. Nesse sentido, as compras acabam pesando um pouco mais no bolso do consumidor e isso se reflete nas escolhas feitas. Na forma de pagamento, os brasileiros estão apostando mais em compras parceladas neste ano e o valor final do carrinho está um pouco maior, resultado da inflação e também da aposta nas compras da Black Friday para aproveitar descontos”, explica Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil.

Outra novidade desta edição é o Pix como uma das apostas em meios de pagamentos, principalmente para compras de até R$200 – até o momento, 9% das vendas foram pagas via Pix, enquanto as vendas por boleto foram de apenas 3%. Por fim, a digitalização das opções de envio também ajuda a impulsionar as vendas.

“A logística é um dos pontos fundamentais para o sucesso de um e-commerce. Um frete caro ou muito demorado pode ser um motivo de abandono do carrinho virtual de compras e pode se tornar um desafio para a ampliação das vendas de uma loja online para todo o território nacional. Pensando nessas questões, além de ampliar o ecossistema com mais parceiros em logística, a Nuvemshop adquiriu, em outubro, a Mandaê, com o objetivo de oferecer serviço de envio de qualidade e as melhores opções para os lojistas”, finaliza Pedroso.

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