Após analisar mais de 23 milhões de sites e 1,9 milhões de e-commerces de todo o país, a 10ª edição da pesquisa “Perfil do E-commerce Brasileiro”, feita pela BigDataCorp, descobriu que a maioria dos e-commerces brasileiros não apresenta processos judiciais. No entanto, essa realidade vem mudando durante os anos devido ao crescimento dos casos de litígio.
No ano passado, 39,6% das empresas apresentavam apenas um processo, e 8,12% apresentavam dois. Houve um aumento na faixa de três a cinco processos, alcançando 21,77%. É importante destacar a diminuição de 7,91% no grupo que tinha de seis a 10 processos e a queda significativa para empresas com 11 a 50 processos, que somam 16,27%. Apenas a minoria de 6,32% das empresas enfrentaram mais de 50 processos.
Principais causas dos processos
Para Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp, os dados indicam que o e-commerce está cada vez mais competitivo e exigente. A proporção de empresas com processos judiciais aumentou, mesmo com o crescimento no número de lojas. “Isso significa que as lojas mais novas não estão conseguindo atender às expectativas dos clientes e estão gerando insatisfação e conflitos”.
Já o professor de direito empresarial do UNASP, Marco Aurélio Brasil, destacou que os processos com e-commerces costumam ter relação com pós-venda e logística, como demora na entrega e produtos com defeito. “A eficiência no atendimento e estratégias jurídicas são cruciais para minimizar litígios e melhorar a reputação das empresas. Elas devem investir em um bom serviço de atendimento ao cliente, adotar melhores estratégias, assim, reduzindo custos e melhorando a percepção do consumidor”, finalizou.