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Amazon oferece compartilhar dados e impulsionar rivais para evitar multas da UE, dizem fontes

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Amazon se ofereceu para compartilhar dados de mercado com vendedores e aumentar a visibilidade de produtos rivais em sua plataforma, numa tentativa de persuadir reguladores antitruste da União Europeia a não multarem a companhia, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

A maior varejista online do mundo espera que as concessões evitem uma possível multa que pode chegar a 10% de seu faturamento global, informou a Reuters no ano passado.

A Comissão Europeia acusou a Amazon em 2020 de usar seu tamanho, poder e controle de dados para impulsionar seus próprios produtos e obter uma vantagem injusta sobre os comerciantes rivais que vendem em seu marketplace.

Também lançou uma investigação sobre o possível tratamento preferencial da Amazon a suas próprias ofertas de produtos e a vendedores que usam seus serviços de logística e entrega.

O processo da Amazon para escolher qual varejista aparece na seção “caixa de compras” de seu site e que gera a maior parte de suas vendas também ganhou destaque.

A Amazon propôs permitir que os vendedores acessem alguns dados de mercado, enquanto seu braço comercial não poderá usar os dados de vendedores coletados por sua unidade de varejo, disseram as pessoas.

A empresa também propôs criar uma segunda aba da caixa de compras volta a produtos rivais caso um produto da Amazon apareça na primeira aba, disseram as fontes.

Espera-se que o órgão de concorrência da União Europeia busque comentários de rivais e usuários nas próximas semanas, o que pode levar a ajustes na proposta e a uma decisão final até o final do ano, disseram as fontes.

A Comissão e a Amazon se recusaram a comentar. A empresa havia dito anteriormente que discordava das afirmações do regulador e que representa menos de 1% do mercado global de varejo.

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Fonte: Reuters, via Money Times