Tivemos recentemente, em Nova York, uma das maiores feiras do varejo e tecnologia do mundo, a NRF 2023 – Retail’s Big Show. Então, quando falamos das principais tendências do varejo, inevitavelmente, logo pensamos no evento, nas palestras e no que foi apresentado pelos expositores.
Apesar de muitas tecnologias presentes na feira já serem do nosso conhecimento, como a inteligência artificial, saber como manuseá-la e onde aplicá-la foi o grande destaque. E muito se falou sobre o figital (o digital nos ambientes físicos), mas como as soluções apresentadas para a loja física podem ser aplicadas ao comércio eletrônico?
Para responder essa questão, é preciso analisar cada uma das tendências e sua eficácia quando convertidas para o varejo online. Sendo assim, há três razões que farão a IA se consolidar no comércio eletrônico e, com isso, se tornar uma grande aposta no que diz respeito ao mercado competitivo. Confira:
IA como ferramenta de personalização de cliente
Estamos diante de três diferentes gerações – Y, Z e Alpha -, o que, no geral, quer dizer que cada uma possui características diferentes no ecossistema do consumo. Portanto, não dá para pensar em estratégias de vendas de forma generalizada. Nessa perspectiva, para uma ação ser assertiva e, com isso, atingir, de fato, o seu objetivo, será necessário investir em ferramentas que identifiquem quem é o seu cliente e, isso, incontestavelmente, a IA faz muito bem.
Ao conhecer o seu cliente, isso automaticamente lhe dá acesso às suas necessidades e preferências, o que para uma estratégia de marketing, por exemplo, faz toda a diferença. Essa é uma solução atrelada à tecnologia emergente que aos poucos vai se consolidando. Portanto, se o varejo não se atentar para a necessidade da personalização, vai correr o risco de ser prejudicado pela concorrência altamente qualificada e atrativa aos consumidores.
IA no processo logístico
A tecnologia combinada ao uso da IA para logística também foi destaque, e não só pode, mas deve ser considerada no comércio eletrônico, pois trata-se de uma solução que prevê demandas em datas sazonais e evita excesso ou desfalque de mercadorias, por exemplo. Na prática, o responsável pela loja passa a ter o conhecimento, por meio da ferramenta, de quais são os produtos que mais saem em determinadas datas, o que passa a ser um suporte importante para tomadas de decisão em relação ao abastecimento, controle de estoque e evitar gastos desnecessários e produtos parados.
Redução do preço para o consumidor final
Ao olhar esse tópico, você deve ter se perguntado: como a tecnologia será capaz de ajustar e reduzir os preços dos produtos para o consumidor final?
A resposta é simples e está ligada ao poder de processamento dos algoritmos capazes de identificar o público e as demandas por período. Então, é basicamente a junção das duas soluções acima, e você consegue reduzir o preço de determinada mercadoria de forma segura e assertiva.
Para ficar mais claro, é preciso considerar que estamos vivendo em um mundo pós-pandemia e que a alta da inflação faz parte da realidade do dia a dia dos brasileiros. Portanto, a tendência é o consumidor “apertar o cinto” e gastar menos. Nesse cenário, é importante se atentar para as estratégias de precificação para vender, fidelizar e captar novos clientes. E se há um método infalível de fazer isso, ele está na ação de marketing promocional, em que você muda os valores de determinada mercadoria em períodos estratégicos do ano. Afinal, promoções são sempre bem-vindas aos olhos dos consumidores.