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Social commerce e marketing de influência: como unir as estratégias

Por: Bruno Brito

CEO da Empreender

Co-fundador da Empreender, empresa que desenvolveu o Dropi (maior plataforma de dropshipping da América Latina) e mais de 20 apps como SAK, Rastreio.net, Lily Reviews e Landing Page.

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As redes sociais deixaram de ser apenas canais de divulgação para se tornarem verdadeiros ambientes de compra. E esse fenômeno tem nome: social commerce – ou comércio social.

A ideia é simples: o consumidor descobre, avalia e finaliza a compra sem sair do Instagram, TikTok ou WhatsApp. Essa jornada mais fluida está transformando a forma como as lojas virtuais se relacionam com o público e geram receita.

Carrinho de compras com cubos de redes sociais e ícones de e-commerce.
Imagem: Reprodução.

A seguir, veremos como as lojas virtuais podem unir o alto poder de influência dos criadores de conteúdo na decisão de compras com a facilidade de finalizar pedidos diretamente pelas redes sociais.

O comportamento mudou: o consumidor quer comprar onde descobre

A jornada de compra mudou. Se antes as redes sociais eram apenas vitrines de inspiração, hoje elas são também ambientes de consumo direto. O consumidor atual não quer mais sair do aplicativo para buscar um produto em outro lugar. Ele quer comprar no mesmo lugar em que foi impactado de forma rápida, simples e segura.

Segundo pesquisa da Opinion Box, 72% dos consumidores já compraram algum produto que descobriram nas redes sociais. O dado mostra como essas plataformas deixaram de ser apenas canais de comunicação e se consolidaram como verdadeiros pontos de venda.

Essa mudança de comportamento está diretamente ligada à busca por praticidade e conveniência. O cliente vê um post, gosta do produto e age no impulso. Se o caminho até a finalização da compra for longo ou exigir muitas etapas – como mudar de aplicativo, criar conta em outro site ou preencher dados –, a conversão pode se perder.

Além disso, o conteúdo gerado nas redes sociais costuma ser mais emocional, visual e espontâneo. Isso fortalece a conexão com a marca e influencia na decisão de compra de forma muito mais potente do que uma vitrine tradicional.

Para as lojas virtuais, esse cenário exige uma adaptação estratégica. É preciso integrar o e-commerce às redes sociais, com recursos como etiquetas de produto, links diretos para compra, postagens interativas e checkout integrado. A venda precisa estar a um clique do desejo.

Social commerce na prática: da vitrine à finalização do pedido

O avanço das plataformas sociais transformou a jornada de compra online. Hoje, ferramentas como lojas nativas no Instagram e Facebook, links de pagamento no WhatsApp e a integração direta com marketplaces no TikTok estão encurtando o caminho entre o interesse e a finalização do pedido.

Na prática, isso significa que o consumidor pode realizar toda a experiência de compra sem sair do ambiente em que foi impactado. Um exemplo simples: uma loja de moda publica o look do dia no Instagram, marca as peças na imagem, e o cliente consegue visualizar o preço, escolher o tamanho e concluir o pagamento em poucos cliques, dentro do próprio aplicativo.

Esse modelo de compra imediata atende a um comportamento cada vez mais comum, em que o consumidor age por impulso e busca conveniência. Quanto menos barreiras houver entre o desejo e a aquisição, maior a chance de conversão.

Além de facilitar o processo de venda, o social commerce contribui para o aumento do engajamento. Quanto mais nativa for a experiência, mais o conteúdo circula entre seguidores, gerando comentários, salvamentos e compartilhamentos que fortalecem o alcance orgânico da marca.

Para as lojas virtuais, adotar o social commerce de forma estratégica representa não apenas mais vendas, mas também uma presença digital mais forte, conectada ao que o público realmente quer: descobrir, se interessar e comprar de forma prática, rápida e integrada.

O papel do marketing de influência no social commerce

À medida que as redes sociais se consolidam como canais de venda, o marketing de influência ganha ainda mais relevância dentro da estratégia das lojas virtuais. Se o consumidor já está descobrindo e comprando produtos sem sair das plataformas, é natural que os influenciadores se tornem intermediadores desse processo, ajudando a conectar marcas e públicos de forma mais autêntica.

Mais do que números de seguidores, os criadores de conteúdo constroem relacionamento com suas comunidades. Eles têm autoridade e credibilidade para indicar produtos, influenciar decisões e criar desejo de compra – tudo isso de maneira orgânica, alinhada ao estilo de vida que compartilham.

Segundo a Nielsen, 71% dos consumidores confiam em opiniões de influenciadores tanto quanto nas recomendações de amigos e familiares. Esse dado reforça o poder da influência social como fator de decisão, especialmente quando o conteúdo é percebido como sincero e relevante.

No contexto do social commerce, os influenciadores podem atuar de diversas formas:

– publicando conteúdos com links exclusivos de compra;
– fazendo postagens compartilhadas com a loja;
– participando de lives de demonstração ou criando reviews sinceros dos produtos.

Essas estratégias ampliam o alcance da marca e direcionam tráfego qualificado diretamente para os pontos de venda integrados às redes sociais.

Além disso, o conteúdo gerado pelos influenciadores serve como prova social, encurtando o caminho entre o primeiro contato e a conversão. Para o consumidor, ver alguém em quem confia usando e recomendando um produto é um forte gatilho para tomar a decisão de compra ali mesmo, sem sair do aplicativo.

Este é o momento ideal para lojistas firmarem parcerias sólidas com influenciadores digitais e aproveitarem, junto com o impacto dos influenciadores na decisão de compras, o alto potencial de vendas das redes sociais.