As alternativas para a sobrevivência e permanência de empresas durante e após a pandemia passam pela educação em venda e comunicação digitais, com atividades que possam preparar empresários para aproveitarem ao máximo modelos como o e-commerce e o marketing digital. Um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) prevê o crescimento de 30% do home office após estabilização dos casos da Covid-19 e a retomada do comércio e demais atividades no Brasil.
Já o uso das redes sociais como ferramenta de venda marcou empreendimentos de todos os portes e segmentos da economia brasileira. O cenário provocado pelo novo coronavírus foi um catalisador do processo. Ele acelerou a necessidade de proprietários de pequenos a médios negócios e profissionais autônomos a entrarem no mundo digital.
Os produtos e as redes sociais
Para quem busca empreender no mundo digital é necessário entender que, hoje, grande parte dos produtos chega às pessoas por meio das redes sociais. De acordo com uma pesquisa recente da empresa GlobalWebIndex, durante a pandemia da Covid-19 houve aumento de 54% na presença de brasileiros nas mídias sociais — e vale lembrar que o Brasil é o 4º país do mundo com maior frequência de uso das redes.
Mas, ainda que não haja mais como negar a urgência de se conduzir negócios em plataformas virtuais, no Brasil ainda são comuns os chamados analfabetos digitais. Eles vão desde aqueles que não sabem abrir um aplicativo, até os que têm pouco contato com redes sociais. Então, empreender acaba sendo ainda mais difícil, pois é necessário saber como cada plataforma se apresenta à venda online.
Também é preciso levar em conta as necessidades mais básicas de aprendizado sobre o universo digital, assim como as estratégias mais elaboradas sobre presença e comunicação nas redes. Ter uma boa presença digital, por exemplo, é importante para criar conexões com consumidores e aprender a ser criativo na elaboração de conteúdos.
Os pilares das redes sociais
Para isso, a rede social tem que ser como uma vitrine. Não se apresenta um produto de qualquer jeito. Para que a demonstração seja possível e boa, é preciso aprender como funciona cada ferramenta.
Há pilares fundamentais que devem ser seguidos por quem quer transformar seguidores em clientes. Como, por exemplo, ter uma boa presença, criar conteúdo atrativo e estar atento à interação de seu público com seus perfis. Para isso, novamente faz-se necessário entender os níveis de dificuldade de assimilação do conteúdo digital. Lembrando que eles incluem desde analfabetos digitais a gestores de e-commerce que precisam de novas estratégias.
Os desafios também mudam de acordo com a idade das pessoas. O universo digital pode assustar no começo desde boomers até jovens da geração Z. Porém, é notável que muitos já estão atentos à necessidade de aprendizado. Desde o início da pandemia, identifiquei um crescimento de 60% na busca de empreendedores por mentorias, dicas ou cursos sobre venda nas mídias sociais.
Resumindo, quem é empresário e precisa desenvolver a imagem de um produto, serviço ou persona não consegue bons resultados sem orientação. As redes sociais são a chave para os negócios, mas é preciso manter em mente que as possibilidades passam pela educação constante a respeito do tema.