Recentemente tivemos o Dia do Pet, comemorado em 14 de outubro, que vai muito além de uma simples celebração para quem tem um animal de estimação.

A data reflete um fenômeno econômico e cultural que movimenta bilhões e revela transformações profundas no comportamento de consumo.
Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), o país é o terceiro maior mercado pet do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Em 2024, o setor ultrapassou a marca de R$ 60 bilhões em faturamento, impulsionado não apenas pela venda de alimentos, mas também por uma expansão expressiva de produtos premium, serviços personalizados e experiências digitais voltadas para o bem-estar animal.
Mas o que isso ensina para o varejo brasileiro? Que, quando o consumo se conecta a emoções reais, propósito e cuidado, o engajamento cresce de forma natural e a fidelização vem como consequência.
Comportamento do consumidor: o pet como membro da família
Os números do mercado pet não crescem apenas por conveniência ou moda. Eles refletem uma mudança de mentalidade: o pet deixou de ser um animal de estimação para se tornar um membro da família.
Esse movimento, conhecido como antropomorfização, leva os consumidores a projetarem sentimentos humanos em seus animais, o que impulsiona decisões de compra mais afetivas.
De camas ortopédicas a assinaturas mensais de brinquedos e alimentos, as escolhas são guiadas por uma busca por cuidado, qualidade e vínculo emocional.
Essa lógica afetiva redefine o papel das marcas: elas deixam de vender produtos para vender significados.
Assim, o sucesso não depende apenas do preço, mas da capacidade de criar experiências que reforcem valores compartilhados como amor, empatia e confiança.
O que o varejo pode aprender com o mercado pet
O varejo brasileiro pode extrair lições valiosas desse segmento. Entre elas, três se destacam:
1. Personalização e empatia
O consumidor quer se sentir reconhecido. As marcas do universo pet investem em comunicação próxima, atendimento humanizado e ofertas baseadas em dados de comportamento. Essa atenção ao detalhe cria conexões emocionais e amplia o ticket médio.
2. Comunidade e pertencimento
O mercado pet não vende só produtos: ele cria comunidades apaixonadas. Grupos em redes sociais, eventos presenciais e até programas de adoção geram vínculos duradouros entre consumidores e marcas. É o marketing relacional em sua melhor forma.
3. Marketing emocional e propósito
O amor pelos pets é uma das emoções mais universais, e as marcas que entendem isso constroem narrativas autênticas. Varejistas que comunicam valores de forma sincera fortalecem sua identidade e fidelizam clientes além do preço ou conveniência.
Para quem busca praticidade na hora de vender online, uma boa opção é contar com plataformas de e-commerce que facilitem integrações com marketplaces do setor.
Tecnologia, dados e omnicanalidade no universo pet
O e-commerce teve papel essencial na consolidação do mercado pet. Com a digitalização acelerada, tutores passaram a buscar soluções rápidas, práticas e personalizadas, abrindo espaço para experiências omnicanal.
Pet shops digitais, marketplaces e plataformas de assinatura cresceram ao combinar conveniência com relacionamento.
O uso inteligente de dados permite prever preferências, sugerir reposições automáticas de produtos e até antecipar campanhas sazonais.
Nas redes sociais, a força do conteúdo visual, especialmente no Instagram e TikTok, impulsiona o engajamento e transforma pets em verdadeiros influenciadores digitais.
O sucesso de marcas que unem storytelling emocional e tecnologia é um exemplo claro de como o varejo pode unir performance e afeto.
Insights para o futuro do varejo brasileiro
O mercado pet nos ensina que o consumo moderno é emocional, conectado e orientado por valores.
No centro dessa transformação está o desejo por experiências significativas, que combinem conveniência com autenticidade.
As marcas que entenderem essa dinâmica poderão transformar qualquer categoria em uma história de vínculo e propósito.
Afinal, o sucesso no varejo, seja de ração, roupa ou tecnologia, depende da mesma fórmula: conhecer profundamente o consumidor, oferecer valor real e construir confiança ao longo do tempo.