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O que esperar do e-commerce no último trimestre de 2022?

Por: Sandro Wiggers

CEO da Mercado Radar. Ppssui mais de 10 anos de experiência em Análise de Dados. Bacharel em Engenharia de Produção pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), começou a sua carreira profissional em 2010 na Whirlpool Corporation. Desde então passou por empresas como as startups Conta Azul, Asaas e Bcredi.

É inegável que o e-commerce conquistou enorme popularidade desde o início da pandemia do coronavírus há mais de dois anos. Com o home office, três cenários muito importantes tiveram que ser considerados por quem realiza vendas online: quem estava trabalhando de casa – mas teve seu salário diminuído -, as pessoas que foram mandadas embora e precisaram se restabelecer e as lojas que precisaram ativar rapidamente o e-commerce para sobreviver.

É preciso estar atento às necessidades do consumidor para conseguir conquistá-lo e manter um bom relacionamento no pós-venda.

Com isso, o comércio online se tornou uma opção bastante eficaz, sendo responsável por 58% das vendas dos lojistas no Brasil em 2021, de acordo com pesquisa da Mundi Map e E-Commerce Brasil. Com esse cenário, as expectativas do e-commerce para o último trimestre de 2022 continuam em alta, levando em conta a atipicidade presente nos próximos meses e como movimentam o mercado.

Dados comprovando crescimendo do e-commerce

Um estudo divulgado pela HostGator no fim de agosto revelou que o número de negócios online deve aumentar 24% no Brasil até o final deste ano. O valor fica acima do crescimento de 17% registrado em 2021 em outro levantamento realizado pela companhia em dezembro do ano passado. Ambos foram feitos com cruzamentos de dados da SmartHint e da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Outro ponto importante é que o Mercado Livre, principal player do e-commerce nacional, apresentou um crescimento de GMV (métrica que se aplica ao varejo online e que ajuda as empresas a identificarem quanto de receita foi gerado pelos seus canais digitais em um período específico) de 32% só no primeiro semestre de 2022. Logo, há uma grande expectativa para este segundo semestre.

A grande questão é que estamos entrando no último trimestre de 2022. É uma época em que as pessoas vêm se preparando para grandes comemorações anuais como a tão conhecida Black Friday, com grandes ofertas presenciais e virtuais de diversos itens.

Em outros eventos, como Dia das Crianças, Halloween e Natal, as vendas de lojas físicas e online tendem a ser maiores – mais do que o dobro – do que as do ano passado. É exatamente para esses quatro eventos que as lojas vêm se preparando.

Além de tudo isso, um dos eventos mais importantes no mundo e que mobiliza muito os brasileiros também acontece no fim deste ano: a Copa do Mundo, pela primeira vez promovida nessa época. Trata-se de um dos últimos trimestres anuais mais agitados que já se viu.

Expectativas para vendas na Copa

De acordo com a pesquisa da Opinion Box, os consumidores esperam que nesse período surjam ofertas nas categorias de eletrônicos, eletrodomésticos e eletroportáteis. São produtos de valores mais altos e, portanto, a população considera que vale a pena aguardar pelas oportunidades preparadas pelas empresas. Outra categoria que deve se manterem alta é a de Moda e Acessórios.

Já no planejamento das estratégias de vendas, é importante considerar o que pode prejudicar a experiência do cliente. Em 2019, 54% dos consumidores deixariam de comprar por falta de confiança e 51% pelo valor do frete. Em 2020, 60% dos consumidores não iriam até o fim com a compra pela alta taxa de frete e 43% pela falta de confiança. Já em 2021, 56% desistiriam pelo frete alto e 46% por não confiar na loja.

Portanto, é preciso estar atento às necessidades do consumidor para conseguir conquistá-lo e manter um bom relacionamento no pós-venda. Para as marcas, é importante unir o que aprenderam durante a pandemia e investir em estratégias baseadas em dados para traçar metas precisas e alavancar as vendas nesta reta final de 2022.