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O ponto de venda (PDV) sempre será o maior contato com o consumidor

Por: Carolina Vanuci

É VP Business da Score Retail, empresa da B&Partners.co.

2020 foi ano da migração do consumo brasileiro para o digital. De acordo com o relatório do Think with Google, o aumento nos pedidos online em relação ao mesmo período de 2019 foi de 112%. Em termos de faturamento do e-commerce foi de R$ 16,2 bilhões no 2º trimestre de 2019 para R$ 33 bilhões no 2º trimestre de 2020.

Um aumento bem significativo e que fez muitos questionarem o ponto de venda e seu futuro. Acontece que o contato físico faz parte do elo entre uma marca e seu consumidor omnichannel. Afinal, ele usa o digital para informações, comparação de preço, feedback de outros consumidores, entre outras coisas, para então ir na loja em busca de experiência e interação.

Ações no ponto de venda acontecem para informar ao público-alvo os benefícios, qualidades e diferenciais de um produto de forma que ele se destaque em meio a tantos. E é ali naquele ponto por onde passam milhares de pessoas por dia que uma marca precisa desenvolver ativações que fidelizam o cliente e proporcionam experiências. Esse lugar, esse ponto de encontro da marca com seu consumidor precisa ser cuidado, investido, estratégico, atrativo e fazer parte de um plano de branding alinhado aos objetivos de negócios da cia.

Por isso, o varejo ainda precisa ser visto como um canal importante para a construção de marca

  1. Ali é possível promover um CX mais agradável, com interações que levam o consumidor do digital ao físico, e vice-versa. Vale fazer isso pensando até em como o ambiente pode ser instagramável;
  2. É importante entender que este é um ponto de contato onde se constrói relevância de marca, lembrança, captação de dados e experiências. Por isso, apostar no PDV precisa ser visto como uma estratégia de marca, e não apenas uma mídia;
  3. O ponto de venda é um ambiente que permite à uma marca levar sua característica própria para lá. Portanto, o investimento em construção de marca através desse canal possibilita criar experiências diferentes;
  4. Pense que o PDV é um local onde a marca pode investir nas mais diversas tecnologias para promover interatividade e diferenciais. Um exemplo é o digital signage, sistema de displays que interagem com o público. O intuito desta tecnologia é atrair o shopper para a categoria e chamar sua atenção para um produto, oferta ou anúncio específico. Assim, é possível ter gerenciamento remoto do conteúdo exibido na tela, podendo estabelecer estratégias personalizadas para cada tipo de ação;
  5. No PDV temos a nosso favor a jornada completa, do awareness à conversão. Ou seja, podemos construir relevância e vendas na jornada de ponta a ponta;
  6. O digital proporciona praticidade, mas deixa as decisões de compra mais complexas. Portanto, esse é um ponto de atenção que as marcas devem usar como estratégia de abordagem;
  7. Transformar uma exposição no PDV numa ativação experimental ou um embasamento em dados e tecnologia permite desenvolver as melhores soluções para cada tipo de problema em ambientes de compra ou de consumo. E, de quebra, utilizar esse momento como meio de vendas e mensagem de marca com conteúdo único e proprietário.

Resumindo, o marketing no varejo tem um poder enorme de criar experiências exclusivas que despertam sentidos de acordo com o produto que você tem para oferecer. Trata-se de remodelar a construção de marcas e experiências do shopper, além de uma ativação no caixa.

O varejo ainda tem e sempre terá espaço para muita criatividade e inovação. Afinal, estamos na década do entretenimento e do digital, e o PDV tem a capacidade de juntar tudo, nunca deixando de ser o maior ponto de contato entre uma marca e um consumidor.