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O novo Google e o SEO para e-commerce: como sobreviver às mudanças de algoritmo

Por: Rodrigo Cursi

Co-CEO e CXO na FRN³

Rodrigo Cursi é Co-CEO, CXO (Chief Experience Officer) e co-fundador da FRN³, empresa especializada em desenvolvimento digital. Com formação em Design de Games e Gráfico e Pós-graduação em Design: Conceito e Aplicação, possui 15 anos de experiência nas áreas de User Interface (UI), User Experience (UX), branding, e-commerce e aplicativos. Ao longo de sua trajetória, atuou como Diretor de Arte e Criação, liderando projetos de diversos segmentos e tamanhos, com foco em soluções criativas e de alto impacto. Seu trabalho se destaca pelo gerenciamento de equipes criativas e squads especializados em mídia e desenvolvimento de projetos digitais. Atualmente, é especialista em UX e UI, com um portfólio robusto de mais de 500 projetos realizados.

Falar de SEO para e-commerce hoje não é mais sobre seguir um checklist de boas práticas. O Google mudou, e quem não se adaptar pode simplesmente desaparecer da SERP. Com a introdução do Search Generative Experience (SGE), a busca está mais dinâmica, personalizada e, acima de tudo, menos dependente dos tradicionais cliques nos sites. Isso significa que quem não entender essa nova realidade pode ver o tráfego despencar.

Saiba como o SEO para e-commerce está mudando com a IA do Google e descubra as estratégias para não perder tráfego na era do Search Generative Experience.

1. O novo Google e as regras de ranqueamento para lojas virtuais

    Se antes o SEO era um jogo de palavras-chave e backlinks, agora ele envolve experiência, contexto e autoridade. E o Google deixou isso bem claro nas suas últimas atualizações.

    UX e engajamento são a nova moeda do ranqueamento

    Métricas como tempo de permanência na página, interação com conteúdos multimídia e CTR nunca foram tão importantes. O Google quer ver se os usuários realmente interagem com o seu site.

    Dado real: um estudo recente da Backlinko mostrou que páginas com alto tempo de permanência têm uma probabilidade muito maior de ranquear bem. Isso faz sentido, afinal, se os usuários ficam mais tempo, o conteúdo deve ser relevante.

    Conteúdo precisa ser inteligente e profundo

    Não basta encher a página com palavras-chave. O Google prioriza conteúdos que realmente respondem às perguntas dos usuários. Se o seu produto não tiver descrições claras, vídeos e informações úteis, ele pode sumir das buscas.

    Experiência própria: na maioria dos projetos, ao analisar o scroll map, percebemos que a falta de informações relevantes nas prateleiras impactava a taxa de engajamento. Depois de implementar descrições mais ricas e conteúdos mais detalhados, os usuários passaram a navegar mais e a converter melhor.

    Autoridade importa (e muito)

    A atualização EEAT (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness) reforçou a necessidade de mostrar credibilidade. Isso significa que dados verificados, reviews reais e conteúdos assinados por especialistas são indispensáveis.

    Dado real: em um trabalho feito para a Panasonic na otimização de conteúdos institucionais e de e-commerce, ao incluir referências técnicas e validar informações com especialistas, foi possível observar um aumento na performance orgânica.

    2. Search Generative Experience (SGE): o Google sem cliques?

      O SGE permite que o Google forneça respostas completas na SERP, o que pode reduzir drasticamente o tráfego para sites tradicionais. Quem não entender como aparecer dentro dessa nova dinâmica pode ser deixado para trás.

      Como sobreviver ao SGE?

      – Respostas curtas e diretas: seu conteúdo precisa aparecer no resumo gerado pela IA do Google. Isso significa que estruturar bem as informações é essencial.

      – Dados e estatísticas verificadas: o Google adora citar conteúdos com embasamento real.

      – Schema Markup e FAQ: organizar informações corretamente aumenta a chance de o Google destacar seu conteúdo.

      Dado importante: de acordo com SparkToro (2024), o tráfego orgânico para sites de e-commerce já caiu cerca de 18% desde a introdução do SGE.

      3. Como otimizar conteúdos de e-commerce na era da IA

        Se o Google está evoluindo, sua estratégia de SEO também precisa. Aqui estão as práticas de sucesso.

        Personalização inteligente

        Ferramentas de IA já permitem que e-commerces criem descrições dinâmicas de produtos baseadas no perfil do usuário. Isso melhora a retenção e a conversão.

        Exemplo: como uma sugestão de hiperpersonalização, sugerimos a um consultor virtual a melhoria da busca e da recomendação de produtos com base no histórico do cliente ou no funil definido por ele, como uma experiência de ser atendido por um vendedor. Isso ressalta a importância de manter o foco no cliente.

        Vídeos e elementos visuais

        Os consumidores estão cada vez mais visuais. Vídeos de demonstração e reviews podem ser decisivos na conversão.

        Dado real: segundo a HubSpot (2024), 88% dos consumidores dizem que vídeos os ajudam a tomar decisões de compra.

        A era da busca semântica

        O Google não quer apenas palavras-chave, ele quer entender o contexto da busca. Otimizar conteúdos com intenção de busca em mente é essencial.

        Dica prática: a Sestini reformulou a estrutura de busca no menu e otimizou as descrições e imagens relacionadas a estilo e necessidades específicas, melhorando a assertividade na compra.

        Em suma, o SEO para e-commerce mudou e quem não acompanhar vai ficar para trás. É importante, constantemente, testar e aplicar estratégias para garantir que seu e-commerce tenha vantagem competitiva.

        As novas regras do Google não são uma barreira, mas sim uma oportunidade para criar conteúdos mais ricos, investir em experiência do usuário e se adaptar ao novo comportamento de busca. Quem souber trabalhar com o SGE e as tendências de IA estará na frente da concorrência.

        Se quiser bater um papo sobre como essas mudanças impactam o seu e-commerce, só me chamar.