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O fim da era das segmentações

Por: Luiz Fernando Ruocco

Nasceu no interior paulista, na pequena cidade de Águas de Prata. Em 2007, ingressou na Universidade Federal de São Carlos (UFScar) no curso de Engenharia de Materiais. Em 2014, entrou na Raccoon, onde ficou por cinco anos e por lá passou de estrategista de contas até gerente de marketing e mídia, sendo responsável por gerenciar os maiores clientes de varejo e sendo pioneiro na implementação de omnichannel em seus clientes e no Brasil. Em 2019, foi para outra empresa do Grupo Raccoon, a agência full digital Rocky - selecionada em 2021 como a quinta melhor empresa para trabalhar entre as Agências de Comunicação. Por lá, ajudou a transformar o time inicial de dez pessoas que hoje conta com mais de 250 colaboradores. A empresa se fundiu ao grupo S4 Capital, holding de publicidade digital fundada por Sir Martin Sorrell, passando a se chamar Rocky.Monks por um tempo, até a unificação das marcas Media.Monks no Brasil, quando assumiu como Manager Director em Sorocaba.

Quando falamos em marketing digital, lá no começo, o que trouxe algo disruptivo foi a capacidade de segmentar o público e com isso destinar seus anúncios de forma mais rentável.

Chegamos à era da consolidação da IA. Saiba mais sobre o assunto.

De acordo com a pesquisa realizada em 2021, Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil, idealizada em parceria com o Resultados Digitaism Mundo do Marketing, Rock Content e Vendas BSB, 94% das empresas escolhem o marketing digital como estratégia de crescimento. O número demonstra que cada vez mais as empresas estão explorando as possibilidades que a internet proporciona para alavancar os negócios. Apenas 5,5% das empresas entrevistadas afirmam divulgar suas marcas somente por meio de ações de publicidade tradicional e eventos.

Evolução

Saímos de uma época de portais, televisão, rádio e impressos que nos davam poucas opções de segmentações regionais para algo muito mais complexo – com um time treinado, conseguimos mensurar, otimizar e rentabilizar melhor qualquer negócio.

Outros números apontam que, entre janeiro e junho de 2022, quem mais investiu em publicidade digital, concentrando 68% da verba, foi o comércio (25%), seguido dos seguintes setores: serviços (24%), mídia (7%), eletrônicos (7%) e financeiro (6%). E quem aumentou as verbas em campanhas digitais, na primeira metade de 2022, foram os seguintes segmentos: bebidas (76%), mídia (62%), alimentos (50%), vestuário (39%), eletrônicos e informática (23%), beleza (20%), comércio (16%), turismo (14%) e serviços (8%).

Mas o digital é muito complexo e muda sempre, então não adianta aprender algo e acreditar que será possível embasar as estratégias nisso, pois, em dois anos, tudo mudou. E como mudou: saímos de um digital que era simplesmente uma publicidade potencializada por poder segmentar mídia, passamos por uma época de mensuração, na qual aprendemos a atribuir valor ao investimento realizado, aprendemos de maneira matemática a otimizar esse valor com ajustes de lance, CPC manuais e todas as configurações das ferramentas, aprendemos a usar o smart bidding e mudamos nossa relação com a forma de otimizar campanhas, passamos pelo omnichannel e vimos que é possível sim fazer digital para a loja física e chegamos à nova era – a era da consolidação da IA.

Consolidação da IA

Mas consolidação? Sim, consolidação, porque desde o smart bidding já trabalhamos com IA, aprendemos com a novidade, paramos de dar lances em palavras-chave e otimizamos por T-ROAS (Target Roas), e foi tudo bem. Crescemos e entendemos como ninguém como isso funciona – prova disso são os prêmios recebidos, desde Google Premiere Partner Awards, Meta Video Awards, Microsoft Agency of the Year e por aí vai.

Porém, agora chegou a vez de deixarmos outro legado de lado. A segmentação já é substituída por IA, e agora não segmentamos mais as campanhas, utilizamos o máximo de dados de comportamento que queremos do usuário e deixamos que as plataformas busquem usuários parecidos. Estruturar nossos dados sempre foi importante, mas agora será primordial para quem quer sair da antiga estrutura de segmentação e evoluir com a nova estrutura de IA.

Captar, tratar e devolver os dados para as ferramentas para que a IA se torne mais inteligente a partir disso farão o seu negócio decolar, e eu tenho certeza de que farão o nosso grupo continuar recebendo os prêmios e criando os cases.