O e-commerce aprende a falar com o voice commerce
A pandemia tem nos deixado muitas lições. Uma delas é, sem dúvida, a necessidade de uma comunicação mais efetiva entre as pessoas. Saber falar e saber ouvir, para ajudar e ser ajudado nas dificuldades. Esse pensamento é válido ao considerarmos todo tipo de suporte, seja ele o do ombro amigo ou o de um atendimento profissional.
Em se tratando de relações de amizade, temos buscado conforto em tempos difíceis. Mas esse mesmo termo, “conforto”, pode ser muito bem aplicado, e cada vez é mais pertinente, no que diz respeito aos relacionamentos comerciais.
Enquanto consumidores, o conceito que mais valorizamos nas interações é comodidade. E essa palavra-chave se traduz em várias ações ao longo de uma jornada de compra. Queremos atenção, praticidade, facilidades na hora de escolher um produto ou serviço, no momento de obter informações sobre ele, ao colocarmos o item em um carrinho virtual quando decidimos adquiri-lo e ainda na etapa de pagamento e na fase do pós, com toda a assistência a que temos direito.
Ao nos comunicarmos à distância, tivemos que nos render a diversos tipos de linguagem. Uma delas é a escrita. Mas ganharam muito espaço, por exemplo, as chamadas por vídeo, pródigas em propiciar um caráter de humanização às conexões sem presença física. Por sinal, esse outro conceito, humanização, tem também ganhado importância quando nos referimos a negócios no mundo de hoje.
Ao repassarmos vários dos pontos que já abordamos até aqui neste texto, percebemos que um recurso de comunicação, ou de linguagem, bastante aplicável às demandas de nossos dias - conforto, comodidade, praticidade, facilidade, atenção, rapidez - é a voz.
É uma das características humanas que mais despertam afeto. No filme “Ela” (She), de 2013, um solitário escritor se apaixona pela voz de um sistema operacional, em um dos mais insólitos romances da história do cinema.