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Mercado de casamento: novas tecnologias podem impulsionar e-commerce

Por: Bianca Fortunato

Bianca Fortunato é jornalista graduada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/SP) e pós-graduada em Gestão de Marketing pelo Insper. Atua há mais de cinco anos no e-commerce, com foco em experiência do cliente e comunicação em múltiplas plataformas. É CX e responsável pelo branding das Listas Magalu.

O setor de casamentos sempre foi um dos mais movimentados e vinha de uma constante alta, desde 2002, até o momento em que a pandemia se estabeleceu e causou um baque inesperado à temporada de eventos.

Exatos 20 anos depois, esse “reaquecimento” trouxe à tona novidades para dentro do universo, aguçando novas experiências aos casamentos represados. Afinal, a pandemia deu abertura para potencializar o digital e facilitar alternativas inovadoras, até mesmo para quem deseja trocar alianças.

Presencial x virtual

Um dos principais movimentos percebidos no setor de casamentos em 2022 é que a comemoração presencial, em período de retomada, tende a dividir o cenário de modo mais expressivo com outras formas de celebração. O cross entre presencial e virtual se torna cada vez mais relevante.

A exemplo, o casamento da apresentadora e especialista em tecnologia da CNN, Rita Wu, com seu esposo André Mertens, que inovaram na união e celebraram o primeiro casamento da América Latina no metaverso, em março deste ano.

A experiência do metaverso, uma plataforma que busca simular a realidade física por meio do digital, é um novo degrau no que se refere a eventos virtuais. A dimensão 3D permite que os participantes interajam entre si de maneira muito mais realística em comparação a lives ou outros convencionais encontros online. O casamento de Rita contou com avatares, criados e comandados pelos próprios convidados em tempo real, que se mexiam juntos na pista de dança e podiam até escrever votos em um book para o casal.

Essa nova possibilidade de interação a distância deixa os empreendedores digitais em alerta, não apenas para eventuais produtos e serviços que possam surgir com o avanço da tecnologia, como também pelo aprimoramento do relacionamento e experiência com o consumidor final.

O metaverso tem potencial de movimentar aproximadamente R$ 4 trilhões até 2024, de acordo com dados da Bloomberg Intelligence. Um fenômeno. Até Mark Zuckerberg entrou na onda e alterou o nome do Facebook para “Meta”, em referência ao ecossistema.

É bastante possível que, logo menos, uma nova forma de troca entre lojistas, varejistas e clientes ocorra por meio de criptomoedas. E as NFTs, que já fazem parte desses ativos digitais valiosos, entrem em cena incisivamente nas próximas transações.

Benefícios práticos

Para além de pioneiros no metaverso e pagamentos em novas moedas, há novidades que já começam a fazer parte do cotidiano do mercado do e-commerce, até mesmo no setor de casamentos. O pagamento via Pix é fruto dessa crescente.

Uma pesquisa recente, realizada pelo Banco Central, aponta que o Pix já é usado por 71% da população brasileira – que gera milhões de operações diárias por meio das também milhões de chaves cadastradas. Isso só prova que a aceitação da ferramenta pelos usuários é impressionante, claro.

Uma funcionalidade prática, benéfica e “sem delongas” que veio para ficar: substituto do famigerado cartão de crédito e extremamente mais prático do que os antiquados boletos.

A verdade é que essas alternativas ampliam e facilitam o acesso a produtos e serviços que vão além da compra pontual. Hoje, elas são pautas que contribuem para a visibilidade do negócio: mostram ao público como uma empresa está antenada às tendências do mercado, como se importam com a experiência de seu checkout e com a comodidade de seus clientes.

Tecnologia só não basta

Seja com o Pix, ações no metaverso ou outras oportunidades, contar com novas funcionalidades no dia a dia é fundamental para lojas virtuais. Elas costumam deixar o cotidiano ágil e prático.

No entanto, em meio a tantas possibilidades que o mundo moderno nos traz, é sempre válido relembrar que essas ferramentas por si só não são garantia de rentabilidade ou melhores experiências. O tato social e suporte adequados, ainda humanizados, devem ser trabalhados em conjunto para que cada empresa ofereça seus diferenciais ao máximo.

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