Logo E-Commerce Brasil

Empreendedorismo: o caminho das pedras

Num dado momento você teve um insight, avaliou algumas possibilidades e percebeu que tinha na cabeça algo que poderia ser uma grande ideia. Levantamentos iniciais mostram uma tendência forte de viabilidade. Você está entre os melhores quanto a capacitação técnica, ou seja, como fazer o produto ou prestar o serviço. Temos aqui um típico cenário empreendedor, mas tudo isso não credencia você a empreender. Entenda por que. Antes de iniciarmos vamos calibrar corretamente conceitos: empreendedorismo é um processo onde uma ou mais pessoas específicas identificam uma oportunidade, avaliam seus riscos e investem recursos sobre ela buscando um retorno. O investimento pode ser tempo, equipamento, dinheiro ou pessoas e o retorno pode ser a abertura de um novo negócio, um novo produto, serviço ou processo. Oportunidade é um conjunto de circunstâncias favoráveis que criam um vazio ou uma abertura correspondente a uma necessidade não atendida ou parcialmente atendida. Muitas pessoas podem identificar uma oportunidade, mas somente aquelas que possuem características empreendedoras tomam a iniciativa de investir sobre ela. Há quem durante a vida toda tenha muitas grandes ideias, mas sem a iniciativa jamais as implementam. Seja utilizando um plano de negócios, para os mais tradicionais, ou um modelo de negócio, para os mais inovadores, a oportunidade precisa ser colocada à prova. A análise de riscos, a viabilidade mercadológica e financeira precisam ser medidas. Assim pode-se conhecer indicadores importantes como Lucratividade, Rentabilidade e Prazo de Retorno do Investimento. Pronto! Temos nosso negócio próprio! O processo empreendedor inicial terminou e o que vai preencher os seus dias a partir deste ponto é o planejamento estratégico e a gestão. É aqui que o conhecimento técnico sozinho não dará conta do recado. Registrar um novo negócio e “abrir as portas” é relativamente fácil, mas esta é só a ponta do iceberg. Você deve lembrar aquele e-commerce inovador que tinha ótimos produtos, um nicho de mercado específico e bons parceiros logísticos? Pois é, como uma empresa com estas características faliu? A resposta é simples: Má gestão! Por melhor produto ou serviço que você tenha, seu negócio vai sucumbir se você não levar tudo na ponta do lápis. Vamos a duas dicas: O lucro da empresa não é o seu salárioPró-labore é o nome dado ao “salário do dono da empresa”. É a retribuição recebida pelo proprietário referente ao trabalho realizado na empresa. Distribuição de lucros é a retribuição dada ao empreendedor pelo investimento feito por ele no negócio. Para as contas pessoais deve-se utilizar o pró-labore ou a distribuição de lucros. O e-commerce cresceu? Parabéns! Redimensione as contas e também o seu retorno, mas não gaste mais do que pode. Mantenha uma verba para pesquisa e desenvolvimento de novas estratégias. Quem não sabe medir aprende a mentir: A frase do matemático Gauss cai como uma luva. Para o pequeno negócio o desafio é implementar indicadores, pois em geral o negócio inicia de forma empírica e vai se adaptando ao mercado. Os indicadores fazem saltar aos olhos “luzes de alerta” para detalhes do negócio que precisam ser corrigidos. Dentre os indicadores financeiros temos a lucratividade, que é o percentual de ganho que a empresa consegue gerar e a rentabilidade, que demonstra ao empresário a velocidade de retorno do capital investido. Se a empresa não trás retorno é preciso mudar algo ou investir em outra área. Pois bem, buscar ajuda logo após o insight significa planejar melhor antes de iniciar o negócio e controlar a empresa com maior eficiência depois. Lembre-se, abrir as portas é relativamente simples, todavia para sobreviver, crescer e avançar é preciso conhecer o caminho das pedras.