
Delivery de comida: a maior categoria de e-commerce do mundo
Antes mesmo de surgir a Internet, a população brasileira já tinha o hábito de fazer compras à distância. Por telefone ou catálogo, era comum que uma pessoa fizesse a aquisição de um produto e o recebesse em casa. A maior categoria, porém, sempre foi comida, algo que está no DNA do brasileiro.
Em 2019, ano em que temos os últimos dados consolidados, o mercado de delivery representou cerca de R$ 11 bilhões no Brasil. Com a pandemia em 2020 e 2021 e as restrições de movimentação, esse número cresceu vertiginosamente.
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Em 2019, o mercado de delivery representou cerca de R$ 11 bilhões no Brasil.[/caption]
O número de restaurantes cadastrados no iFood, principal plataforma de delivery de comida do Brasil atualmente, mais do que dobrou, batendo 300 mil restaurantes, enquanto os pedidos dobraram. O brasileiro nunca esteve tão habituado a comprar pela internet, seja comida ou qualquer outro item.
O delivery de comida é um segmento de mercado tão grande que temos uma tendência a não pensar nele como e-commerce. Ledo engano. Nos Estados Unidos, por exemplo, as mesmas regras que se aplicam aos marketplaces como Amazon e eBay são utilizadas nos aplicativos de delivery, como Zomato. Elas são impedidas de alterar o balanço de seu mercado e de influenciar preços, ou mesmo operarem com estoques próprios.
Além disso, modelos híbridos de entrega existem tanto para restaurantes quanto para lojas que aplicam o conceito omnichannel, e usam seus espaços físicos como centros de distribuição. Dark Kitchens, que existem só para atender o cliente do delivery, funcionam como centros de distribuição tradicionais.
Empreendedores dos dois campos passam pelas mesmas dores, as mesmas questões. Até o marketing está cada vez mais parecido entre um restaurante com delivery e uma loja de roupa.
