Como vão suas vendas nesse período de crise? Nada boas, não é?
Há pelo menos vinte anos, quando surgia o termo “valor agregado” - bordão mais que repetitivo do marketing tradicional – as empresas começavam a repensar a maneira de vender seus produtos que atualmente, são meras moedas de troca por dinheiro.
Valor agregado, aliás, nada mais é do que a percepção que o cliente (consumidor) tem de um bem (produto ou serviço) que atenda seu conjunto de necessidades considerando o custo-benefício em comparação a outro produto disponível na concorrência.
Quem inventou essa expressão deve ter lido o livro Administração de Marketing, do Philip Kotler em que ele diz: “Um produto só vai se diferenciar de outro em níveis de serviço”.
Apesar disso, sabe-se que essa expressão deixou um legado e algumas empresas fazem questão de entregar valor ao seu cliente. Mas será que estão fazendo isso como deveriam ou desse jeito, o único procedimento que se realiza é trocar produto por dinheiro?
O consumidor, “já sacou isso”, e deseja que empresas e vendedores deixem de oferecer a cansada fórmula: [produto +características+preço]. Por isso é preciso que os fornecedores mudem seu foco do produto para o cliente.
Acontece que muitas empresas estão fazendo isso errado. Sabe por quê? Porque elas agregam serviços que qualquer um oferece e isso é commoditie. Afinal, um dos principais problemas enfrentados pelas empresas é: como ultrapassar a concorrência, conquistando os consumidores? Para tanto, e não é novidade, é preciso apresentar benefícios dos produtos aos clientes. Tem que fazer sentido imediato para ele.
Os sistemas Límbico e Reptiliano do cérebro humano, decidem o que querem em apenas 2,5s. Isso mesmo: dois segundos e meio. Então vai logo pro benefício. Não para os comoddities.
Além do mais, quem compra tem pressa. Embalagem, SMS de confirmação, ligação de pós-venda, cartinha de agradecimento etc.; tudo isso o cliente já sabe que existe e, provavelmente, irá chegar. Mas, se não chegar, o que realmente importa é que o produto chegue.
Você deve estar pensando, “Que texto mais louco! O cara tá dizendo que preciso fazer algo além de vender o produto e tudo que estou fazendo ou já fiz está errado?”. É, não é bem assim... Mas, é isso mesmo!
Eu te explico melhor: se você está sempre conversando com o cliente, estimulando-o continuamente, oferecendo brindes e promoções, apresentando seus produtos e, dessa forma, aproximando-se... Ainda assim, você está apenas falando de si mesmo pra ele; uma espécie de monólogo.
Agora, eu te proponho uma reflexão: qual é o “benefício” para o cliente em ficar recebendo essas informações? Quem foi que disse que ele está precisando dos produtos e serviços oferecidos? Portanto, antes de traçar qualquer estratégia de captação desse público, é preciso pensar.
Você não vai ter essas respostas, caso só queira vender mais para ele. Dessa forma, você está trocando seu produto pelo dinheiro do cliente e nada mais. E saiba: ele já percebeu há muito tempo e por isso te troca com facilidade e não compra com a frequência que você gostaria.