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Como o cenário macroeconômico afeta os meios de pagamento

Por: Henrique Weaver

Co-Founder e CEO da Pagaleve. Com background em empresas como Coca-Cola e a consultoria McKinsey, o executivo foi também CEO da startup indiana de hotelaria OYO, que já ocupou a posição de maior rede de hotéis do Brasil, além de ter sido um dos executivos líderes da Uber no Brasil. Acostumado com o ambiente de start-ups de alto crescimento, Henrique é Administrador pela Universidade de Brasília, e MBA pela Universidade da California.

Nesse mundo cada vez mais digitalizado e interconectado, não é de se surpreender que tudo esteja interligado e que ações em um campo tenham interferência direta ou indireta em outros. Neste artigo, quero falar mais sobre as recentes mudanças no cenário macroeconômico e as implicações disso para os meios de pagamento.

Além da retomada do varejo físico (que começou em 2021) e do aumento significativo do e-commerce, é importante se atentar para diversos fatores que podem impactar a economia, como as eleições deste ano, que podem trazer impactos na taxa de emprego e na inflação.

Uma das tendências para este ano é que os bancos reduzam a oferta de crédito, segundo pesquisa da Febraban – Federação Brasileira de Bancos. O motivo para a redução se dá pelo temor de uma inflação descontrolada e até mesmo uma recessão no próximo ano.

Isso significa que, com menos crédito, o poder de compra dos consumidores que são dependentes do cartão de crédito deverá diminuir. E essa lacuna deixada por uma quantidade menor de crédito ofertado inevitavelmente trará impacto negativo nos resultados dos varejistas.

Por isso, oferecer opções de pagamento que vão além do cartão é o diferencial para quem deseja fugir dos impactos negativos que essa redução de crédito pode acarretar para o varejo.

Buy Now Pay Later (BNPL) como opção segura e consciente

Em um cenário como esse, cada centavo importa, e o lojista sabe bem disso! Dessa forma, considerar o Buy Now Pay Later (ou “Parcelamento Inteligente”, como chamamos por aqui) como uma das suas formas de pagamento é benéfico e traz vantagens importantes, como:

  • Essa forma de pagamento não está atrelada à taxa SELIC. Afinal, ela não lida com juros e nem com cartões;
  • Permite mais uma opção de compra para o consumidor desassistido (seja porque o limite foi reduzido pela inflação, porque ele perdeu crédito ou pelo medo dos juros do cartão que aumentam em função da SELIC);
  • Permite mais uma forma de o varejista não perder vendas (afinal, opções de pagamento podem ser determinantes em uma decisão de compra);
  • Traz uma solução mais barata para o lojista, melhorando suas margens e seu fluxo de caixa.

Aproveitando a consolidação do Pix

Em menos de dois anos de lançamento (oficialmente lançado em novembro de 2020), o Pix caiu no gosto e nas graças dos brasileiros. Nesse meio tempo, já são cerca de 348 milhões de chaves cadastradas e aproximadamente 105 milhões de pessoas físicas utilizando o sistema.

Além disso, para o ano de 2022, o Banco Central promete inovações para o Pix, como o débito automático e até mesmo a utilização sem a necessidade de Internet (sem data de lançamento ainda).

Por isso, investir cada vez mais no Pix como uma das opções de pagamento da sua loja se torna menos tendência e mais uma necessidade de se manter competitivo no mercado.

Agora imagina aliar o BNPL com o Pix? Uma forma de pagamento parcelada, com Pix, sem cartão e sem juros. É uma realidade que startups no Brasil já oferecem.

De qualquer forma, sejam quais forem as mudanças e as surpresas que o cenário macroeconômico reserva para os brasileiros, é importante que o lojista esteja atento e preparado para não sofrer um prejuízo desnecessário.

Leia também: Cinco dicas para escolher seu parceiro de meio de pagamento