Créditos Adrian Sulyok
Se a venda online torna-se mais fácil, o mesmo não se pode dizer da entrega. O volume e a diversidade cada vez maiores de produtos comercializados virtualmente, a expectativa de prazo reduzido e os problemas de mobilidade das grandes metrópoles são só alguns dos desafios. As complexidades se espalham por toda a cadeia de suprimentos envolvendo pessoas, informações, sistemas, tecnologias.
Vamos pensar no estoque com uma das pontas da cadeia. A gestão do estoque está entre as atividades que mais evoluíram e ganharam relevância para o desempenho do comércio nas últimas décadas. Hoje, não há quem refute que o dimensionamento e a organização do espaço disponível para armazenamento de mercadorias e o controle de entradas e saídas – no que diz respeito a tempo, frequência, motivos – é básico para o sucesso da empresa, com forte influência em sua administração financeira.
Gerir estoque é compreender demanda, calcular necessidade de reabastecimento, evitar falta ou excesso de mercadorias. E, se produto estocado representa prejuízo, produto em deslocamento também. Essa concepção estende as preocupações do âmbito do estoque para o transporte. Daí os sistemas cada vez mais sofisticados para monitoramento do trânsito das mercadorias, com identificação de todas as etapas e percalços no caminho até a entrega final.
Esse caminho, por sua vez, é multimodal, e a eficiência dos elos entre os modais faz-se imprescindível. Em tese, quanto mais próximos do consumidor final, mais distantes os produtos ficam da fonte controladora. Por isso, são tão importantes os registros feitos nos diversos modais. A última milha – a etapa mais dispendiosa da entrega – pode impactar toda a cadeia.
E como os armários inteligentes beneficiam o gerenciamento da cadeia de suprimentos?
Mulheres de cabelos longos costumam saber: para desembaraçá-los, é melhor começar pelas pontas e ir subindo até a raiz. A lição é válida para pensarmos na cadeia de suprimentos. Tal como as madeixas, ela deve estar livre de nós. Os armários inteligentes são o pente na ponta dos cabelos: eles vão ajudar a desembaraçar o todo o resto.
Isso porque destrincham e dão maior visibilidade às operações.
Créditos Fernanda Vidoti
Um entregador que não encontra o destinatário no momento da entrega e tem que retornar ao local posteriormente é um nó na ponta do processo; um produto que é recebido por terceiros e desviado é um nó na ponta do processo; uma encomenda entregue no endereço errado é também um nó na ponta do processo. Ao eliminar esses e outros vários nós das entregas malsucedidas, os e-Boxes contribuem muito com o fluxo da cadeia.
Armários inteligentes reduzem o tempo de entrega, a mão de obra empregada e as possibilidades de erro. O treinamento requerido para sua operação é mínimo, pois são muito fáceis de usar. Também é muito simples o seu sistema de comunicação: informações são enviadas automaticamente por e-mail e/ou aplicativo. E os registros de todas as operações podem ser visualizados em um software simples, facilitando o monitoramento da cadeia: o horário em que foi depositado o produto e notificado o consumidor; o horário da retirada do produto pelo cliente – o que representa a conclusão da venda; entre outras informações de grande importância nessa era em que dados valem ouro. E esse é um assunto que rende e vamos deixar para um próximo artigo.
Por hoje, ficamos com a certeza: os armários inteligentes ajudam na organização e controle das cadeias de abastecimento.