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Black Friday: sucesso depende de ferramentas e ações contra ataques hackers no e-commerce

Por: Ricardo Roquette

VP de Tecnologia da Getnet. Com mais de 20 anos de carreira na área de Tecnologia da Informação, é formado em Matemática e Ciência da Computação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O executivo possui experiência no desenvolvimento de aplicações para suportar produtos bancários de varejo e meios de pagamento. Além disso, possui passagens em empresas como Santander, Citibank, Rede e Safra Pay.

Além de pensar em aumentar o faturamento, comerciantes precisam redobrar a atenção para impedir a ação de invasores às suas plataformas digitais.

Com a proximidade da Black Friday, muitos comerciantes já começam a planejar suas estratégias para atrair mais clientes e aumentar o faturamento com as vendas online, buscando tirar o máximo proveito de uma das principais datas para o varejo. No entanto, pensar exclusivamente em como maximizar os resultados pode não ser suficiente para garantir a seu negócio uma Black Friday de sucesso.

Em 2020, por exemplo, as fraudes na Black Friday causaram prejuízos de aproximadamente R$ 230 bilhões, além de quase dois milhões de tentativas de phishing contra os consumidores. Os dados são do relatório “O Estado de Justiça”, publicado no ano passado.

Fraudes na Black Friday

Algumas fraudes bem conhecidas na Black Friday são:

    Se uma pessoa só percebe que teve seus dados roubados após o golpista ter feito e recebido uma compra, o lojista arca com o prejuízo da devolução do dinheiro e perde o produto. O termo que define essa situação é chargeback, a contestação de uma compra. Se o número de chargebacks recebidos for alto, há risco de multas, advertências e até mesmo descadastramento junto às bandeiras de cartão.

    O prejuízo é muito grande, não só financeiro, mas de imagem para o negócio, além de contaminar todo o ecossistema.

    Como se prevenir contra fraudes?

    Para prevenir fraudes como essas, o próprio comerciante deve se antecipar e buscar ele mesmo os pontos fracos do seu e-commerce antes de um hacker. Como ponto de partida, o lojista pode monitorar com atenção o comportamento em seu site e conferir se as contas estão sendo utilizadas, ou se foram observados padrões diferentes ou movimentações atípicas.

    Uma boa medida para se prevenir é a adoção de um certificado de segurança, que, além de proteger os dados dos clientes, pode ser um critério de escolha na hora da compra. Também é importante buscar parceiros fortes que tenham boa infraestrutura e que se preocupem com segurança. Além disso, é indispensável contar com ferramentas antifraude para proteger seu negócio online da ação de invasores

    Outra medida interessante para se prevenir de fraudes na Black Friday é a contratação dos ethical hackers, ou seja, os hackers do bem. Esses profissionais têm a função de tentar invadir os ambientes para confirmar se eles estão seguros. Essa é uma prática que fortalece substancialmente a segurança.

    Tais medidas, no entanto, podem não ser suficientes, caso não haja uma conscientização dos funcionários e de todas as pessoas envolvidas na operação. Para isso, é fundamental manter uma rotina de capacitação das equipes, com reuniões periódicas sobre o assunto.

    Com um pouco de investimento, conscientização e mensuração dos riscos, será possível se preparar para uma Black Friday de sucesso, sem perdas desnecessárias ao seu negócio.