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Black Friday: o impacto da preparação antecipada e da segurança nas vendas online

Por: Rodrigo Sanchez

Diretor de Growth da ClearSale

Formado em Ciências da Computação pela FEI e pós-graduado em Estratégias de TI pelo Senac, atua há mais de 15 anos no mercado de tecnologia da informação com desenvolvimento nas áreas de vendas, gestão e relacionamento com cliente. Atualmente, é chamado para ministrar palestras e congressos na área (Febraban, Banrisul International IT Forum, Gemalto Innovation Forum entre outros).

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A Black Friday é o momento mais aguardado do ano para o e-commerce brasileiro. Para alguns, pode representar o volume de vendas de um mês inteiro, e isso exige preparo. Para que a data seja sinônimo de resultados e não de prejuízos, as lojas virtuais precisam de muito mais do que boas ofertas: precisam de planejamento, infraestrutura e segurança.

Laptop exibindo a frase “Black Friday” com um escudo azul e cadeado ao lado.
Imagem gerada por IA.

Nos últimos anos, o aumento da digitalização do consumo trouxe novos comportamentos de compra, mas também sofisticou as tentativas de fraude. Por isso, o sucesso na Black Friday está diretamente ligado à capacidade da empresa de equilibrar escala, performance e proteção.

Quando começar a se preparar para a Black Friday?

A preparação ideal começa meses antes do evento. Antecipar o planejamento é o que diferencia marcas que apenas participam da Black Friday daquelas que realmente se destacam.

Definir margens de desconto, revisar estoques e alinhar a logística de entrega são etapas essenciais, mas reforçar a infraestrutura tecnológica é o ponto crítico. Um site rápido, seguro e estável garante que o aumento de acessos não prejudique a experiência do cliente e evita que oportunidades sejam perdidas por instabilidade.

Outro fator-chave é a integração de sistemas, especialmente entre meios de pagamento e soluções antifraude. Em momentos de pico, a validação de transações precisa ser feita de forma automatizada e inteligente, evitando filas, lentidão e cancelamentos indevidos.

Os principais erros das lojas virtuais na Black Friday

A alta competitividade da Black Friday faz com que pequenos deslizes tenham grandes consequências. Sem uma preparação adequada, empresas podem comprometer não apenas suas vendas, mas também a credibilidade da marca.

Veja os erros mais recorrentes:

Descontos “incomuns”

Alterar preços antes da data para simular descontos maiores é um erro que mina a confiança do consumidor. Em uma era de comparação de preços em tempo real, práticas assim geram desconfiança e podem causar repercussão negativa nas redes sociais.

Falta de estrutura no site

A sobrecarga de acessos é previsível e, mesmo assim, muitas lojas ainda sofrem com quedas e lentidão no momento mais importante. Um ambiente desestruturado pode significar milhares de vendas perdidas em poucos minutos.

Políticas pouco claras

Transparência é parte essencial da experiência. A ausência de informações objetivas sobre trocas, prazos de entrega e devoluções gera ruídos no pós-venda e até litígios jurídicos.

Atendimento insuficiente

A demanda cresce, mas o suporte nem sempre acompanha. Sem reforçar os canais de atendimento, o lojista arrisca transformar boas oportunidades em reclamações e perda de fidelidade.

Falta de antifraude

Em um evento que concentra milhões de transações em poucas horas, não ter uma solução antifraude é abrir as portas para o prejuízo. Golpistas se aproveitam do alto volume de compras e da pressa das análises manuais para aplicar golpes.

Fraudes em cartões, contas falsas e chargebacks são riscos reais e que podem consumir toda a margem de lucro conquistada no evento. Além disso, há o impacto reputacional: consumidores prejudicados dificilmente voltam a comprar em um site que consideram inseguro.

Como garantir uma experiência de compra segura e confiável?

A confiança é o ativo mais valioso de um e-commerce. E ela se constrói em cada etapa da jornada, do clique inicial ao pós-venda.

Algumas práticas são indispensáveis para isso:

– Pagamentos protegidos: adotar meios de pagamento reconhecidos e certificados digitais que assegurem transações seguras.
– Prevenção contra fraudes: investir em soluções que analisem comportamento em tempo real e utilizem inteligência de dados para separar boas vendas de tentativas de golpe.
– Transparência total: deixar claras as condições de entrega, troca e devolução.
– Proteção de dados: aplicar medidas robustas de segurança da informação, como criptografia e autenticação multifatorial.

Com esses pilares, o consumidor percebe que está em um ambiente confiável, e essa percepção é o que sustenta o crescimento sustentável do e-commerce no longo prazo.

A importância da tecnologia antifraude

Em períodos de alta demanda, o tempo de resposta é determinante. Soluções de análise automatizada e preditiva permitem avaliar milhares de transações simultaneamente, sem travar a jornada do cliente legítimo.

Ao mesmo tempo, o uso de machine learning e inteligência humana garante assertividade na decisão: identificar padrões de risco, comportamento suspeito e inconsistências em tempo real. Essa combinação é o que permite aprovar boas vendas com confiança e barrar fraudes sem afetar a experiência.

Além de reduzir chargebacks, devoluções e custos operacionais, um sistema antifraude eficiente protege o ativo mais importante da empresa – a reputação.

A Black Friday não é mais apenas sobre preço. É sobre confiança, credibilidade e experiência.
Empresas que entendem isso não apenas vendem mais, mas constroem relacionamentos duradouros com seus clientes.

Enquanto muitos se preocupam apenas em aumentar o tráfego e oferecer descontos agressivos, os negócios realmente preparados fortalecem suas bases: infraestrutura, suporte e antifraude.

É isso que diferencia uma campanha de sucesso de uma que termina em prejuízo.

Neste e em todos os outros momentos do ano, cada detalhe importa. E investir em tecnologia de prevenção é garantir que toda venda boa seja aprovada, e toda tentativa de golpe, bloqueada.