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Bens de consumo: setor precisa de novo modelo de crescimento

Por: Rosilene Aquino

Executiva de Customer Experience na SAP

Executiva de Contas Sênior, atua na área de vendas há mais de 20 anos com proposito de ajudar as empresas no processo de transformação digital. Apaixonada e comprometida no auxílio a empresas em terem as melhores soluções que gerem aumento de vendas, melhora no engajamento com seus consumidores e fidelização da marca.

O setor de bens de consumo em geral, e o de bens de consumo não duráveis mais especificamente, é um dos que vêm enfrentando desafios de todas as ordens, e em todas as frentes. Ao mesmo tempo que lidam com taxas de inflação variáveis e a imprevisibilidade cada dia maior da cadeia de suprimento, as empresas do chamado segmento CPG (Consumer Packaged Goods) também precisam conviver com consumidores cujo comportamento segue em constante mudança.

Com as mudanças enfrentadas pelo setor de bens de consumo, está clara a necessidade de uma gestão mais eficiente e da adoção de uma nova abordagem que acompanhe o ritmo das mudanças, garantindo o crescimento das receitas.

Se há uma certeza aqui, é a de que as velhas formas de fazer negócios não são mais suficientes para garantir a sobrevivência e, principalmente, o crescimento dessas empresas. Está clara a necessidade de uma gestão mais eficiente e da adoção de uma nova abordagem que acompanhe o ritmo das mudanças, garantindo o crescimento das receitas.

Buscando um gerenciamento mais eficaz

Falando ainda dos desafios, mesmo que os problemas de abastecimento surgidos durante a pandemia pareçam ter diminuído, muitas empresas de bens de consumo ainda enfrentam problemas de falta de estoque. Ao mesmo tempo, elas têm atuado em mercados com inflações altas e, por isso, com consumidores atentíssimos aos seus orçamentos e controle de gastos.

Esses elementos trazem uma série de impactos em cascata, resultando em um aumento de custos para as empresas, dos preços para os clientes e, ao final do dia, na redução da procura e da compra. Como enfrentar esses desafios e melhorar a gestão do crescimento de receitas foram os temas de um webcast recentemente realizado pela SAP, no qual especialistas trouxeram algumas visões interessantes sobre o tema.

Um deles, o gerente sênior de gestão estratégica de crescimento de receitas da The Hershey Company, Pete Charette, comentou que a necessidade de previsões precisas, a compreensão da dinâmica de preços dos varejistas e a abordagem de situações de falta de estoque tornaram-se mais críticas do que nunca. O executivo disse que o atual cenário econômico vem criando desafios, mas que muitas empresas estão descobrindo que, ao apostar no uso de sistemas e processos e, também, ao criar novos processos, é possível se adaptar e acompanhar o ritmo das mudanças.

Deixando as planilhas de lado

Em relação ao uso de sistemas, parece claro que, diante de tantas mudanças e de perspectiva de que continuem em ritmo acelerado, as empresas de bens de consumo precisam de ferramentas que garantam agilidade e flexibilidade. Isso é fundamental na hora de reavaliar promoções, planejar capacidades e ajustar suas previsões, coisas que os sistemas manuais antigos – baseados em planilhas – simplesmente não conseguem acompanhar.

Apesar disso, é notório que muitas empresas ainda utilizam o Excel para gerenciar suas promoções, o que, além de exigir um esforço tremendo, é ineficiente. Ao contrário, uma abordagem mais eficaz exige que essas empresas integrem suas capacidades de promoção comercial com a gestão do crescimento de suas receitas em um ecossistema que abranja todo o seu ecossistema.

É aqui que entram os sistemas de gestão empresarial abrangentes, capazes de lidar com condições de preço, dados e gerenciamento comercial, fornecendo às empresas usuárias um sistema completo de registro. Seu uso agiliza e automatiza processos, dando a todas as áreas de negócio envolvidas uma única fonte de informações, que podem incluir promoções, custos, preços de tabela e taxas de descontos. É dessa forma que as equipes podem obter a agilidade necessária para responder rapidamente à dinâmica do mercado.

Implantando uma abordagem holística

Mais do que automação de processos e a centralização de informações, o uso de sistemas inteligentes é crucial para a adoção da chamada abordagem integrada e orientada a dados. É ela que vai oferecer às empresas flexibilidade e visibilidade em tempo real, garantindo a realização de planejamentos de cenários frequentes para avaliar a eficácia da promoção. Com uma única fonte de informações, é possível alinhar as perspectivas das revendas, trazendo melhores resultados para todas as partes.

É por isso que Charette enfatiza a importância da colaboração entre departamentos, incluindo vendas e planejamento. De novo, ele reforça que um sistema holístico conecta equipes em toda a empresa, fornecendo a todos os mesmos dados, melhorando a precisão das previsões e otimizando o crescimento da receita.

Iniciar essa jornada o quanto antes é fundamental, já que o ritmo das mudanças tende a aumentar para as empresas de bens de consumo, o que significa que as marcas que tomarem medidas para modernizar os seus processos e sistemas serão capazes de navegar pelas complexidades do mercado atual e por quaisquer novos desafios que surjam. É dessa forma que elas vão garantir um crescimento sustentável e rentável das receitas nos próximos anos.